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"Espiritismo" brasileiro se alia aos pentecostais em assuntos políticos

(Autor: Kardec McGuiver)

A FEB sempre esteve do lado do poder. Principalmente nos governos de direita. Fingindo altruísmo, os "espíritas" nunca foram de fato progressistas e por ser uma seita majoritariamente de elite, transferiu para o seu repertório ideológico o egoísmo das classes abastadas se limitando a definir como altruísmo a caridade paliativa das sopinhas aguadas e dos agasalhos rasgados. Enfim, nada que ameace os privilégios dos mais abastados, estes felizes em abraçar os seus supérfluos diante da miséria alheia.

Durante a ditadura, o apoio dos "espíritas" ás atrocidades cometidas contra os cidadãos era claro e explícito. Xavier, o maior divulgador da FEB, era um interiorano de educação retrógrada - apesar da falsa imagem de modernidade que tentaram embutir no beato anos depois. Não era de estranhar que alguém tão retrógrado apoiasse a ditadura em sua pior fase, alegando que os torturadores estavam "construindo um reino de amor". reino de amor a base da pancada, com direito a "desencarnes".

No golpe de 2016, a FEB repetiu a dose e declarou seu apoio total. Alegou que a marcha da família edição 2016 (13 de março - a passeata do "pato amarelo" da CBF/FIESP) era o início da "regeneração da Terra (algo que vai contra o Kardecismo original, que falava que a evolução seria LENTA e GRADUAL, ou seja, regeneração mesmo só para daqui a zilhões de anos).

Livros pró-golpes como as duas obras fascistas de Robson Pinheiro e mensagens em centros "espíritas" tentavam legitimar o golpe que acabou por eliminar os direitos da população e devolver o Brasil a sua tradicional condição de país sub-desenvolvido, quase uma colônia de exploração. 

Mas como "espíritas adoram contradição, é nesta condição de colônia de exploração e população semi-escravizada que o Brasil irá "dar uma lição de cristianismo à humanidade de outros países". Um "cristianismo" estranho que é extremamente oposto ao pensamento difundido pelo mestre Jesus.

Mas o que se sabe mesmo é que a postura dos "espíritas" os aproximou de seus arqui-inimigos tradicionais, os neo-pentecostais. Isso mesmo. Por mais que se odeiem mutuamente, hoje "espíritas" e pentecostais estão se beijando de língua, com o maior dos carinhos, quando o assunto é política, economia e direitos humanos. Tudo para os ricos e nada para os mais pobres. Isso fingindo bondade e compromisso cristão.

Com isso as duas agremiações supostamente cristãs se unem para legitimar a destruição do país e o provável genocídio silencioso que virá com o cancelamento dos direitos essenciais da maioria da população. Só ficarão os "eleitos" e com isso cai a máscara de ambas as seitas, que se mostram enrustidamente fascistas, desobedecendo as mais importantes lições cristãs.

Amigos, não dá para ser cristão prejudicando os outros. "Espíritas" e pentecostais, que tal assumir que o negócio do vocês é com o capiroto, com o sete-peles?

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