(Autor: Profeta Mentalista)
Por mais que os seus fãs e devotos digam que "não estão defendendo o mito e sim o homem, o cidadão Chico Xavier", o mito ainda exerce muita influência na mente dessas pessoas. Ao desejar defender o homem, acabam defendendo o mito.
Por mais que os seus fãs e devotos digam que "não estão defendendo o mito e sim o homem, o cidadão Chico Xavier", o mito ainda exerce muita influência na mente dessas pessoas. Ao desejar defender o homem, acabam defendendo o mito.
Todos consideram Xavier o "homem mais bondoso do planeta", graças a muita publicidade em torno da mitologia construída em torno do médium, que não queria nada disso, mas foi obrigado, como um refém, a aceitar todo o festejo a sua volta.
Mas analisando friamente e com objetividade, toda a mitologia é falsa e Xavier, seja mito ou ser humano, foi tão importante para a Doutrina Espírita quanto o seu Zé da padaria da esquina que anda com um lápis na orelha: ou seja, nenhuma importância.
O Espiritismo nunca precisou de Xavier para existir e para os que consideram Xavier o grande difusor, lamento ter que decepcioná-los e digo que ele fez muito mais mal a compreensão doutrinária. Aliás, a doutrina não precisa de um garoto-propaganda, já que deveria atrair adeptos pela lógica e não por artifícios como as mitologias mirabolantes - e bastante alucinadas - presentes na forma deturpada do Espiritismo, tão praticado ainda em nossa sociedade brasileira.
Xavier, na verdade, foi apenas um cidadão comum, como eu e você e não tinha superpoderes, não era a bondade absoluta e simplesmente tinha uma boa mediunidade, mas pecava por não confirmar a identidade de quem se comunicava através de suias faculdades.
Xavier não era espírito evoluído e sua bondade era apenas normal, e muito mais por puerilidade do que por convicção. Xavier não quis ser bom, era bom porque queria agradar a todos.
Mas para os fãs de Xavier e defensores do mito de "homem mais bondoso da Terra", vamos checar para quê o falecido médium mineiro serve como exemplo:
EXEMPLO DE SUBMISSÃO CEGA - Xavier sempre foi um homem submisso, a todos ao seu redor. Não questionava, não analisava, confiava cegamente e fazia a vontade dos outros sem recusar. Um péssimo exemplo numa sociedade que a cada dia exige mais pessoas com iniciativa, ousadia, firmeza de caráter e opiniões próprias.
EXEMPLO DE INDECISÃO DOUTRINÁRIA - Xavier era católico. Seguia fielmente a sua crença, praticando rigorosamente seus rituais. Mas foi induzido a ser "espírita", mas sem estudar a doutrina. perdido entre dois caminhos, preferiu a indecisão e a ambiguidade, causando muito mais confusão e inserindo um monte de delírios catolizantes na sua compreensão doutrinária, causando esse estrago que vemos hoje.
EXEMPLO DE TRAVAMENTO NA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL - Considero isso uma grande maldade praticada pelo médium mineiro. Um detalhe gravíssimo, se observarmos toda a mitologia de bondade e sabedoria construída ao redor dele. Como para os encarnados, a maldade é somente aquilo que gera danos materiais, dizer que Xavier foi extremamente cruel com essa atitude, é considerado uma ofensa pelos seus fãs, mas é uma triste verdade. Graças a Xavier, O Espiritismo é tratado por cientistas e autoridades como uma religião como outra qualquer, defensora de ideias fictícias e partidária do não-raciocínio, o que faz com que muitas ideias da doutrina, que poderiam servir de soluções para os problemas do dia-a-dia, fossem solenemente ignoradas, fazendo tudo ficar como está. Lembrando que desde que Xavier começou a psicografar, a sociedade não evoluiu nem um pouquinho, ainda presa na caridade estereotipada que conforta mas não resolve nada.
EXEMPLO DE CUMPLICIDADE COM ENTES MAL INTENCIONADOS - Sua mitologia atendeu muito bem aos interesses de encarnados e desencarnados com objetivos de lucrar com o prejuízo alheio. Xavier, mesmo sem propósito, topou participar da "brincadeira", participando de fraudes, levando adiante conceitos errados e atuando em eventos organizados pelas instituições duvidosas e avessas aos propósitos doutrinários. Xavier, se fosse realmente ético, teria ele mesmo contestado a sua participação em eventos de caráter duvidoso, além de ter retificado os erros que publicou. Como não reagiu a tudo isso, tranquilamente podemos considerá-lo como cúmplice responsável por todas essas falhas que estragaram a doutrina.
EXEMPLO DE INÉRCIA INTELECTUAL - Xavier não quis estudar e nem questionar o falso "Espiritismo" em que estava envolvido. Escreveu, psicografando ou não (há obras confirmadamente não-psicografadas, embora ele realmente tenha psicografado outros), livros cheios de erros, muitos verdadeiras bobagens e que a mitologia pseudo-espírita tratou de transformar em obras doutrinárias a serem seguidas como verdades absolutas. Obras que, se fossem entretenimento puro, seriam válidas, mas como didática do Espiritismo, não passam de verdadeiros lixos, feitos muito mais para confundir e nada para explicar. Tido como "sábio", não sabia nem sobre si mesmo, servindo mais como marionete e boneco ventríloquo dos que o dominavam. Até mesmo em sua morte, preferiu agir de maneira cretina, definindo uma forma supérflua de lazer (o futebol) como condição absoluta de "felicidade" para a humanidade. Sábio? Nããããooooo!
Enfim, Xavier o "homem mais bondoso da terra" nada fez de útil para evoluir a humanidade, ainda exatamente a mesma da de muitas décadas atrás. Queiram ou não, o mito matou o homem. O homem que não queria nada disso, a não ser seguir quieto o seu adorado Catolicismo.
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