(Autor: Kardec McGuiver)
O maior erro cometido pelo "Espiritismo" brasileiro é ele mesmo: ter se tornado uma religião de fé cega, cheia de dogmas absurdos e só usa a racionalidade como meio de legitimar as bobagens que defende. Rompeu totalmente com a doutrina original e só usa seu idealizador, Allan Kardec, como objeto de bajulação, mas aprovando ideias e procedimentos totalmente contrários e este.
Para o "Espiritismo" brasileiro, a sua maior liderança não é Kardec e sim um beato fanático, católico a maneira medieval, com jeito de caipira e que supostamente teria poderes paranormais, o que serviu de ingresso para se intrometer no "Espiritismo" brasileiro, realizando gigantesco vandalismo dogmático.
Mas os superpoderes atribuídos - vários através de delirantes "biografia" de gosto duvidoso - somados ao perfil manso de um sujeito aparentemente bondoso, criaram um mito de perfeição ao beato. Seus seguidores, ao mesmo tempo ignorantes diante de pontos importantes da doutrina e fascinados por alguém que lhes serviria de "tutor" e "sábio", acreditaram nos boatos e lendas e acabaram por considerar o beato como um "um espírito de máxima evolução". Um grave erro que comprova o rompimento definitivo com a racionalidade da doutrina original.
Para a doutrina original é impossível - eu disse IMPOSSÍVEL - Xavier ser um espírito perfeito. Como eu disse, considerá-lo perfeito é sinal de ignorância doutrinária, além de ser um julgamento com base em estereótipos.
Não pensem que somente julgamentos humilhantes sejam falsos. Julgamentos que pretendem exaltar mitos também tem o seu caráter de falsidade. O que fizeram com Xavier nunca passou de forma criativa de canonização para cumprir o desejo das lideranças da FEB de transformá-lo em "santo vivo" e favorecer as vendas de livros assinados pelo beato.
Listo aqui abaixo as provas da impossibilidade de Xavier ser um espírito puro. Muita gente vai ficar chocada, espernear, chorar, aprontar escândalo e até mesmo mandar xingamento em redes sociais. Mas o que será dito tem base lógica em observação de fatos e no conhecimento da doutrina através dos livros escritos por Allan Kardec. Quem contesta, não age com o raciocínio.
- Segundo Kardec, todos os espíritos pairantes e os encarnados pertencem ao mesmo nível espiritual, variando apenas de sub-nível, o que e pouca diferença para uma mudança de categoria. Com base nisso, nem mesmo Jesus, cuja existência nunca foi comprovada, seria um espírito puro, senso, nas palavras de Kardec "o mais evoluído entre os que estiveram na Terra", o que e muito diferente de "de máxima evolução". Se nem Jesus era, imagine Xavier, portador de inúmeros defeitos.
- A indecisão doutrinária pelo fato de ser um católico retrógrado que tenta ser "espírita" em si já serve para desmentir a suposta perfeição de Xavier, pois indecisão é uma característica ausente em espíritos perfeitos. Xavier nunca rompeu com o Catolicismo e ainda contaminou o seu "Espiritismo" com um monte de enxertos vindos da versão medieval da igreja dos padres. Isso acabou atraindo espíritos de padres e freiras, causando uma estrondosa bagunça na doutrina.
- Deturpou a doutrina toda por não entender nada. Afinal, Xavier nunca foi espírita, sendo um católico medieval, desde criança até seu falecimento. A ignorância dos fiéis fez um incompetente ser a maior liderança da doutrina no Brasil, causando irresponsáveis danos por causa da tentativa de contatar espíritos sem ter o devido preparo para isso.
- Sua caridade era meramente paliativa. Nunca se empenhou em mudar a sociedade para que pudesse torná-la mais justa. Preferia o caminho fácil das compensações, imitando o que pequenas organizações e instituições de caridade já faziam. Nunca usou a sua influência para convencer autoridades a lutar para eliminar desigualdades.
- Graças a falta de estudos, Xavier tentava se comunicar com espíritos seguindo a metodologia Ouija, às avessas, esperando "o telefone tocar do lado de lá", favorecendo a comunicação de espíritos levianos que se travestiam de acordo coma ocasião. No caso das mães de filhos mortos, preferiu arriscar as comunicações do que convencer as mães a aceitar a morte de seus filhos. O show das comunicações espirituais, sugeridos pelo Watuil (então presidente da FEB e espécie de "patrão" de Xavier) tinha que continuar.
- Defendeu a ditadura militar na pior fase, de torturas e cancelamento de direitos básicos. Condenou movimentos sociais que praticavam a verdadeira caridade e demonstrava um moralismo retrógrado. Em seus livros, há sinais de racismo (o que é estranho, Xavier era pardo), de machismo e de homofobia. A versão de Xavier a racionalidade, pedindo para não questionar, alem de ir contra a doutrina original, é um forte sinal de seu pensamento retrógrado.
- Xavier não era racional, era submisso a lideranças, era medroso (de sexo e de avião), mentiu, participou de fraudes (inclusive autenticando-as através de documentos), usurpou nomes de mortos para assinar seus livros cujo conteúdo era evidentemente de acordo com a ideologia medieval do próprio beato. Nunca passou de um bato simpático a querer agradar (até demais) os que chagavam até ele.
Estes problemas comprovam a impossibilidade de Xabier ser perfeito. Isso, além de muitos defeitos que com a mais absoluta certeza, um espírito puro nunca teria.
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