(Autor: Professor Caviar)
Os defensores do "espiritismo" no Brasil tentam investir na "ressalva" de que, se a doutrina igrejeira é deturpada e desrespeita o legado de Allan Kardec, pelo menos ela "prima pela caridade".
Chegam mesmo a falar do "espiritismo" como se fosse a "doutrina da bondade", "ciência do amor" e outras baboseiras, como se isso resolvesse alguma coisa e que, se os deturpadores entendem e ensinam mal os postulados espíritas, pelo menos eles "valem por serem bonzinhos".
Imagine um encanador trabalhando em casa, muito gentil, religioso, com um papo envolvente, descontraído e com mensagens otimistas. Ele faz um péssimo trabalho, o encanamento estoura, atinge a fiação elétrica, que dá curto-circuito, incendiando a casa e você em prejuízo. Você vai agradecer ao encanador porque "ele é bonzinho" e "fala sempre as mais belas palavras e mais belas estórias"?
Há muito o que questionar sobre o que é mesmo essa "bondade espírita". A desculpa que faz poupar os deturpadores, sobretudo os aberrantes "médiuns" que deixaram de ter a função intermediária e viraram "estrelas do espetáculo" bancando dublês de pensadores e de ativistas, embora pareça bonita no discurso, revela também outras irregularidades que os adeptos de Chico Xavier, Divaldo Franco e outros não conseguem perceber.
Quantas "lavagens de dinheiro" não podem estar por trás de uma ação filantrópica? Quanta "filantropia" não serve de cortina de fumaça para falsificadores de quadros e criadores de fakes literários que evocam nomes de gente morta para vender mais?
E as ações "filantrópicas"? Elas não servem também como pano de fundo para o proselitismo religioso? As crianças também não estão sujeitas a exploração ou a um tratamento autoritário? E quem patrocina a "caridade espírita"? As "plêiades dos planos superiores" que investem em "luz" para sustentar as "casas de caridade" sustentadas pelo "espiritismo"?
Outro aspecto a ressaltar é: por que os "médiuns" e "intelectuais" do "espiritismo" fazem tantas turnês, ou realizam eventos que ganham destaque em colunas sociais posando ao lado das elites, dos ricos e dos poderosos.
Com que dinheiro Divaldo Franco gastou para fazer as milionárias viagens ao exterior, espalhando a deturpação gravíssima e em várias palestras contra a Doutrina Espírita, fazendo do pobre pedagogo Allan Kardec de gato e sapato, associando a ele coisas que o Codificador nunca defenderia, como crianças-índigo e supor datas fixas para a evolução humana na Terra?
Os palestrantes "espíritas" em geral, que contraditoriamente defendem o sofrimento e apelam - digamos, suplicam - aos sofredores para aceitar as desgraças da vida, nunca tiveram um grande sofrimento. Mas choram copiosamente quando um único questionamento lhes desqualifica o saber, acusando o contestador de "falta de prece ou de perdão".
Ah, quanta omissão, quanta contradição, quanta sujeira debaixo do tapete "espírita", desde que o movimento optou por Jean-Baptiste Roustaing, hoje escondido sob falsas alegações de "respeito rigoroso a Kardec"!
Como a Mansão do Caminho, em 65 anos de existência, não consegue ajudar sequer 1% da população de Salvador - nem diremos sobre a população brasileira, porque seria covardia - , enquanto o "maior filantropo do Brasil", Divaldo Franco, viaja em aviões de primeira classe e se hospeda em bons hotéis, para fazer palestras para ricos e receber títulos e medalhas, com poucos efeitos para os necessitados que o "médium" diz assistir?
Infelizmente, temos que admitir que o princípio dessa "caridade espírita" que só serve para proteger os deturpadores é este: "para os 'benfeitores', as medalhas, para os 'beneficiados', as migalhas".
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