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Desesperados, "isentões espíritas" reagem na Internet


(Autor: Senhor dos Anéis)

A "patrulha canina" das chamadas "milícias digitais" que agem em favor do "espiritismo" brasileiro contra-ataca e eles se organizam nas redes sociais até num blog direcionado a responder artigos de uma antiga página minha. Não vou dar detalhes até porque isso poderia servir de propaganda aos "bolsomínions" do "espiritismo", os "isentões espíritas", que querem sempre a palavra final para tudo.

Os "chicomínions" são muitos e rapidamente escrevem réplicas na Internet, sob o pretexto de "enriquecer o debate" e "fazer uma provocação temática". Mas o que eles querem é sempre puxar as questões para trás, de forma a deixar tudo como está.

O senso crítico é amaldiçoado no Brasil. Questionar é um tabu nos cursos de pós-graduação nas universidades, porque os professores que controlam seus colegiados consideram o senso crítico sinônimo de opinião. E é irônico que eles acolhem, em suas bibliografias recomendadas, gente que usa o senso crítico como Pierre Bourdieu, famoso e polêmico pensador francês (sempre a França), que se fosse brasileiro mal conseguiria atuar como um professor particular, a não ser que trabalhe cobrando até R$ 5,00 por aula.

Blogueiro, então, nem pensar. Ficamos imaginando se Bourdieu fosse brasileiro. Como jornalista, mal chegaria a fazer reportagens free lancer. Articulista, só se for por páginas pessoais na Internet para ser lido por apenas 15 pessoas. Como universitário, tem que se contentar com um título suado de Bacharelado, oferecido pela burocracia acadêmica mais para enxotar "mais um aluno chato que, finalmente, conseguiu terminar seu curso".

É uma triste realidade. E o "espiritismo", nas faculdades, segue esse caminho. Sabemos do caso óbvio de um Alexandre Caroli Rocha, um sujeito com cara de medroso que não quer questionar, pela via textual, as irregularidades da "psicografia" de Chico Xavier, preferindo usar fórmulas matemáticas para analisar estruturas silábicas, pouco importando, contraditoriamente, se o "Olavo Bilac" de Parnaso de Além-Túmulo não conta com a métrica caraterística do poeta parnasiano.

Chico Xavier acaba sendo mais blindado do que questionado pela comunidade acadêmica, até pelo fato de que é muito mal disfarçado o sectarismo de Caroli Rocha e dos doutores que controlam o Núcleo de Pesquisas de Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora (NUPES / UFJF), que seguem essa fórmula estéril da "cosmética científica", termo que muitos críticos do ensino superior no Brasil usam para denunciar o jogo de aparências das teses de pesquisas.

A "cosmética científica" segue o tom da aparência de objetividade e imparcialidade tratadas em relação a uma fenomenologia. O tema pesquisado nunca é alvo de uma abordagem crítica. As teses acadêmicas se limitam às seguintes etapas: uma longa e maçante explicação para a escolha do objeto de pesquisa, uma menção meramente descritiva de teorias conflitantes sobre o assunto, e, no final, uma conclusão asséptica que deixa a "problemática" tão intocável quanto sempre foi.

Essas teses acadêmicas nem de longe trazem alguma função social. Servem apenas para ter aceitação pelas bancadas acadêmicas e sua projeção é festejada em pouco tempo. Depois do efêmero sucesso, cada tese acadêmica desse nível vai "morrer" no esquecimento, nas bibliotecas de pós-graduação, contraindo amarelado dos fungos. 

E o acadêmico precisa produzir novos artigos e ensaios para fabricar novos "fogos de palha", por esses textos representarem sempre um sucesso efêmero e privativo entre seus pares acadêmicos. Seu uso social é medíocre, se não nulo, e é necessário que a produtividade seja contínua, o acadêmico apareça mais na televisão, por ser alto o risco dele cair no ostracismo diante de sua fraquíssima formação em pós-graduação.

Se nas universidades, onde deveria ser o reduto do Saber e do Conhecimento livres, com senso crítico e tudo, isso é duramente discriminado, imagine então fora dele e na Internet, no qual "milícias digitais" brincam de serem intelectuais, desde que um lunático como Olavo de Carvalho se autoproclamou "filósofo".

E é preocupante a ação dos "bolsomínions espíritas", sejam "chicomínions", "divaldomínions" ou coisa parecida, que, sob a capa de "isentões", desmentem o bolsonarismo, a terra-plana e sobretudo que eles bebem água e urinam no banheiro.

"ISENTÕES" CHEGAM A RIDICULARIZAR ALLAN KARDEC

É claro que divergir consiste num elemento válido e saudável para um debate. Mas não de maneira irresponsável e ofensiva. Além disso, quando se falamos do Espiritismo, o verdadeiro, o original, o foco não pode ser a proteção da reputação de um "médium" brasileiro, mas o respeito rigoroso às obras de Allan Kardec.

Pouco importa se Chico Xavier fez ou não "projetos assistenciais", quanto dinheiro renunciou "pela caridade", o foco é analisarmos exclusivamente o Espiritismo pelo foco original de Kardec, que foi o que sistematizou as ideias que os brasileiros, salvo exceções, fingem que concordam mas discordam frontalmente.

Sobre Kardec, ele simplesmente disse que "se a Ciência confirmar que uma ideia lançada pelo Espiritismo está errada, melhor ficar com o entendimento científico". Ele não temia ser questionado, até porque ele mesmo lidava com uma realidade que ele procurou compreender da melhor maneira, ainda que com dificuldades. E ele se submeteu ao crivo da Razão, as ideias não tinham sentido porque vinham do pedagogo francês, mas porque apresentavam aspectos lógicos e factuais.

Infelizmente, no Brasil, o que existe é uma mania irritante de muitas pessoas tratarem opinião como patrimônio e como ciência. Adotam pontos de vista absurdos, mas com uma narrativa que imita os artigos acadêmicos e, às vezes, vêm até com bibliografia junto. Os "isentões espíritas" mais parecem preocupados em proteger Chico Xavier do que qualquer coisa e até teses absurdas, que em parte eles admitem desgostar, eles deixam para lá.

Aqui os "isentões espíritas", tão confiantes em sua "inteligência", acham que Allan Kardec pecou pelo "excesso de ciência". Desconfiam do rigor da Razão, achando-a "amaldiçoada", seguindo ideia de Chico Xavier. Mas quando se trata de outra pessoa contestar o "médium", os "isentões" surgem para cobrar dessa pessoa um "rigor tão extremo da Razão" que a própria natureza racional é sufocada, em nome de fórmulas e abordagens escalafobéticas.

Embora haja uma paródia, atribuída a Emmanuel, sobre a frase kardeciana comparando Ciência e Espiritismo, o que se observa no Brasil é o seguinte: "se a Ciência confirmar que uma ideia lançada por Chico Xavier está errada, mesmo com provas consistentes e profundas, melhor ficar com Chico Xavier e deixar a Ciência de lado". Daí o medo, no Brasil, da Ciência investigar Chico Xavier, porque isso será uma ruína para o "médium".

Procedimentos científicos, quando usados, sempre apontaram irregularidades e fragilidades na obra de Chico Xavier. Com provas consistentes, diga-se de passagem. Profundos conhecedores literários afirmaram pastiches e plágios, além de problemas de estilística, em obras "psicografadas" creditadas a autores famosos. 

Exames grafotécnicos iriam desqualificar a totalidade de "cartas mediúnicas" por uma simples comparação com a caligrafia deixada por um morto enquanto era vivo e a "caligrafia mediúnica" que remete à letra pessoal do "médium" ou de algum outro assistente.

Apesar disso, há um melindre em deixar "sempre inconclusivas" as análises desses problemas, diante do medo de cair um mito como Chico Xavier, que vende muitos livros e, como não existe almoço grátis, ninguém vai blindar um "médium best seller" porque o dinheiro vai para os doentes e pobrezinhos, não é mesmo? Se estes fossem tão importantes assim, os chiquistas não estariam fechando as janelas dos carros para os pedintes.

O "espiritismo" brasileiro vive uma fase de crise provocada por suas más escolhas. Os efeitos drásticos demoraram a vir, mas quando vieram, surgiram com uma força maior que compensa todo o silêncio havido antes. E aí vemos "isentões espíritas" que agem como terra-planistas - ou talvez "além-túmulo-planistas" - , querendo que a verdade caia em suas mãos e, sob a desculpa de "somarem-se" aos debates, acabam mesmo é subtraindo e cancelando as discussões.

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