(Autor: Kardec McGuiver)
As religiões foram criadas como meio de homens usarem a divinização para dominar outros nomes. Consistem em um repertório de dogmas absurdos narrados como se fossem contos de fadas, mas confundidos com a realidade, sendo considerados por muitos como "fatos históricos".
Para se protegerem e manterem sua hegemonia de pé, as religiões inventaram um motivo para permanecerem intactas perante as possíveis críticas dos absurdos de seus dogmas e da prepotência de suas lideranças: se associar a caridade.
Forjar o trabalho do bem e divinizá-lo foi uma medida bem sucedida de transformar e consagrar as religiões como guias e tutoras da humanidade. E mesmo que o trabalho filantrópico das religiões se limite ao paliativo, como tem sido de fato, essa associação com a divinização a faz uma forma de caridade muito mais admirada e defendida pelos que acreditam neste tipo de filantropia.
Pessoas não ligadas as religiões que tomem atitudes muito mais eficientes de ajudar o próximo, eliminando problemas e criando meios destes não se reciclarem, não são muito admiradas porque não há "aquela aura" que a filantropia religiosa tem. Tem algo de mágico na sopinha dada nas igrejas e centros "espíritas" que não tem na filantropia político-econômica, esta mais realista e eficiente.
Por isso mesmo que personalidade religiosas como Chico Xavier são assim tão admiradas como filantropos máximos, sem mover um só dedo pela transformação social. A divinização embutida no médium, tratado como quase um Deus lhe dá pontos a mais em sua reputação, o que permite que ele possa ser muito mais respeitado e defendido por ter oferecido uma mera sopinha a carentes do que outro que tenha lutado firme para que estes carentes tenham condições de uma vida digna, com salário, moradia e qualidade de vida garantidas.
É a "Revolução da Sopinha", que faz com que as instituições religiosas representem formas de caridade que, embora paliativas e ineficazes, aparecem mais aos olhos das pessoas ingênuas por causa do caráter divino atribuído a elas. É uma caridade que não muda, não melhora, mas provoca grandes comoções coletivas.
E desta forma as religiões vão ampliando seu poder e aumentando o rebanho de ovelhas ingênuas que as seguem cegamente confiando em absurdos aceitos como realidade, pensando que meras sopinhas aguadas e outros consolos paliativos irão transformar o mundo para melhor.
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