(Por Mauro Lima Bertoldo, via e-mail)
Informação. Informação acima de tudo é que queremos. Doa a quem doer. A gente não viu que o Pinga-Fogo da TV Tupi mostrou Chico Xavier defendendo a ditadura, para milhares de telespectadores e, hoje, com vídeo completo no YouTube, para mais e mais gente?
Que implicância é essa com o livro O Enigma Chico Xavier Posto à Clara Luz do Dia, um trabalho de jornalismo investigativo, que poderia ser muito bem publicado hoje, vendo que temos muitos e muitos trabalhos investigativos sobre vários temas, inclusive os mais polêmicos?
Medo de atingir o suposto médium tido como "bondoso"? Medo de derrubar um totem religioso que é apoiado até pela Rede Globo (a rivalidade das Organizações Globo com Chico são "águas passadas")? Medo de ver centros espíritas se esvaziarem diante de tantas denúncias?
É chocante ver a cegueira que faz com que Chico Xavier receba tanta blindagem. Se o livro de Attila Paes Barreto continua no esquecimento do mercado, bobagens e bobagens são lançadas em favor do suposto médium, realimentando as pretensas profecias em livros sucessivos.
Já houve o Não Será em 2012, que virou documentário da Data-Limite, que virou o livro da Data-Limite, que depois virá a gerar um livro do livro do livro do livro, ou um livro do documentário que resultará num livro que terá documentário etc. E isso com as mentiras falsamente científicas trazidas por Chico Xavier, apavorado com a ideia que a viagem do homem à Lua iria trazer a Terceira Guerra Mundial.
A gente quer é informação. Lemos o Humberto Campos publicado em vida e comparamos com a obra do suposto espírito e vemos que não tem nada a ver um com outro. Attila poderia ter explicado coisas importantes a respeito, não podemos virar escravos da fé religiosa e aceitar absurdos como se fossem verdade.
A verdade que queremos é aquela verdade que fere, muito mais necessária do que a mentira que conforta. Não queremos um Chico Xavier voando sobre as águas ou curando tetraplégicos com um retrato sorridente. Queremos a informação, a verdade, mesmo que seja para derrubar um ídolo. Se a realidade mostra o lado sombrio de Chico Xavier, não há como esquecer.
O nosso direito de informação pede a publicação de um documento importante que é o livro de Attila Paes Barreto, lançado há mais de 70 anos, mas cuja temática se comprova atualíssima e instigante. Se hoje relançado, o livro manterá o mesmo frescor das investigações jornalísticas mais recentes. É um livro urgente para nos permitir o conhecimento de informações necessárias que o véu da religião se esforça em acobertar.
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