Infelizmente, muitos se iludem com a suposta filantropia dos pretensos médiuns "espíritas" Francisco Cândido Xavier e Divaldo Franco.
As pessoas que ficam falando na "bondade" deles dificilmente conseguem explicar, com isenção, as suas posturas. Ficam falando na "bondade" deles com a convicção de crianças pequenas falando no Papai Noel e no Coelhinho da Páscoa.
Claro que tem aqueles que tentam dar argumentos "racionais", como se fizessem a "filosofia do próprio umbigo", e como se tivessem posse da verdade.
Mas o que vemos é que a "filantropia" de que tanto se alardeia dos dois "médiuns" é apenas uma propaganda e, o que é pior, um escudo para suas fraudes e sua mistificação.
Erasto, o espírito que havia avisado sobre os inimigos internos da Doutrina Espírita, havia nos aconselhado a tomar a maior cautela possível quando tais pessoas traiçoeiras, vivas ou do além-túmulo, falam ou mostram "coisas boas".
Ninguém prestou atenção a isto. Erasto falou para TOMARMOS CAUTELA quando mistificadores da Doutrina Espírita evocam "coisas boas", porque é aí que eles armam a emboscada para inserir ideias levianas e contrárias à coerência e à lógica.
Ninguém tomou cautela. Os espertalhões podem forjar filantropia que passam a ser santificados. Com muito menos coisa, Luís Inácio Lula da Silva é tratado como se fosse um chefe da Máfia, o inimigo número um do Brasil. No entanto, Chico Xavier e Divaldo Franco aprontam das suas e são protegidos pelo verniz da "bondade" e da "filantropia".
As "caridades" que eles fizeram foram sempre paliativas, sem transformações profundas nas vidas das pessoas, e muito menos na sociedade em geral. Tanto que os lugares de suas atuações sempre permaneceram em preocupantes índices de miséria e violência.
Não há como ficar exaltando a "caridade" de Chico e Divaldo. Isso é uma grande perda de tempo, que as almas seduzidas e entorpecidas pelo deslumbramento religioso insistem em acreditar e a defender com um certo fanatismo. Afinal, a realidade mostra que eles quase nada fizeram, e ainda cometeram (Divaldo ainda comete) o desserviço de comemorar demais o pouco que é feito.
Não podemos ficar presos a clichês. É verdade que as aparências de velhinho doente de Chico Xavier e de professor à moda antiga de Divaldo Franco fascinam muita gente. Mas, como deturpadores da Doutrina Espírita, eles fizeram tanto prejuízo que não é a suposta bondade, que quase nada resultou de realmente benéfico, que irá inocentá-los.
Muito pelo contrário. Falar na "bondade" dos dois é algo até muito, muito perigoso e faz com que os incautos acreditem que dá para recuperar as bases kardecianas mantendo os dois "médiuns" no pedestal, ainda que só como enfeite.
E isso é tão perigoso que a complacência pode se dar na cumplicidade do erro. Um dia vamos aceitando Chico Xavier e Divaldo Franco como "espíritas autênticos" só por causa da suposta filantropia, e daqui a pouco vamos sonhar com parques de diversões em Nosso Lar. Em certas ocasiões, a fantasia e o deslumbramento religioso podem fazer muito mal. E isso não é bondade.
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