(Autor: Professor Caviar)
Salvador, capital da Bahia, onde são astros do "movimento espírita" os anti-médiuns Divaldo Franco e José Medrado, é uma das capitais com maior número de ateus e agnósticos e, por incrível que pareça, é onde as religiões sofrem expressiva perda de adeptos.
O "movimento espírita" sofre grandes perdas que, em muitos casos, obrigam os "centros espíritas" a mudarem suas sedes, diminuírem suas instalações ou cancelarem projetos de ampliação.
Não são raros os "centros espíritas" que migram de uma área para outra menor, num mesmo bairro, e registros confirmam que as debandadas chegam a ser grandes. Um dos entrevistados chegou a dizer que um único "centro espírita" chegou a perder, de uma vez, 40 frequentadores.
As desavenças pessoais e os "rachas", que atingiram instituições como o "centro espírita" Paulo e Estevão (CEPE), localizado em Amaralina, que em 2006 houve uma grande briga de bastidores, na qual um grupo dissidente se mudou para o Núcleo Assistencial Cavaleiros da Luz, no perigoso bairro do Uruguai, também mostram a crise que está o "espiritismo" brasileiro.
Nem Divaldo Franco, considerado o "maior orador espírita do Brasil" e seguidor de Francisco Cândido Xavier, o "popular" Chico Xavier, escapou da decadência. O inócuo movimento Você e a Paz, cujo ápice acontece em toda reunião anual no Campo Grande, em 19 de dezembro, perde cada vez mais frequentadores.
Ironicamente, é a mesma Salvador que, no Carnaval, mais pessoas se interessam a ir ao Palco do Rock, o que mostra que o "satanismo" do heavy metal, com suas vozes demoníacas e guturais, traz energias muito mais elevadas do que a verborragia do anti-médium baiano, o "maior filantropo do Brasil" que ajuda menos de 0,1% da população da capital baiana.
José Medrado também sente a barra, quando, durante o lançamento de um livro seu, apenas 200 pessoas, que já veem suas palestras na Cidade da Luz, na Boca do Rio, compareceram à filial da Livraria Cultura no Salvador Shopping. Há quem aposte que o número foi exagerado e compareceram bem menos pessoas, talvez umas 150.
Em muitos casos, "centros espíritas" precisam racionalizar o horário de funcionamento e as atividades relacionadas, para não fecharem. Tentam, em primeiro momento, conter os gastos, e as mais modestas instituições chegam a funcionar apenas duas ou três vezes por semana, em horários restritos.
Mas mesmo as grandes instituições, como a CEPE, já sentem a crise, embora não alterem seu roteiro de atividades. Sem oferecer um diferencial, o "espiritismo" brasileiro, com seu igrejismo e seu moralismo, é percebido pelos soteropolitanos como uma doutrina pouco eficaz, e os baianos, do contrário de sua fama, trabalha muito e tem muito mais coisas importantes a fazer e, por isso, desconfia de armadilhas diversas. Baiano burro já nasce morto.
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