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Cuidado com os adeptos "pé no chão" de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar)

Que o "médium" Francisco Cândido Xavier é alvo de muito fanatismo, de cega idolatria, isso é verdade. Temos que nos manter vigilantes diante desse fã-clube histérico de beatos alucinados, que reagem com muita rispidez à menor contestação ao mito de Chico Xavier.

No entanto, temos que tomar muito cuidado e exercer vigilância ainda mais redobrada a outro tipo de adeptos de Chico Xavier, aqueles que se dizem com os "pés no chão" e acreditam que ele era "apenas uma pessoa humilde e falível".

Tomemos cuidado com os seguidores "mais equilibrados" de Chico Xavier porque esse "equilíbrio" é apenas uma máscara para uma idolatria que precisa encontrar algum atalho, mesmo que seja sob a estrada barrenta da pretensa simplicidade. A "patrulha canina", que exige abordagem "imparcial" até dos piores erros do "médium", é um exemplo no qual adeptos de Chico Xavier não aceitam que a ideia do 2 + 2= 4 possa ser usada para analisar, pela leitura simples, os pontos irregulares de suas supostas psicografias.

Em primeiro lugar, essas pessoas são como penetras de uma festa na qual usam a janela aberta para justificar a invasão de uma casa, sem o menor convite. Eles tentam blindar Chico Xavier, se não pela atribuição duvidosa de qualidades pretensamente sublimes, mas através de uma abordagem supostamente "mais realista", na qual dizem admitir que o "médium" também "falhou" ou "errou muito" em sua trajetória.

COMPLACÊNCIA E PERMISSIVIDADE COM O ERRO

Esses chiquistas "pés no chão" são muito mais perigosos que os chiquistas claramente fanáticos e deslumbrados. Isso porque os chiquistas "pés no chão", sejam a "patrulha canina", que exige "imparcialidade", ou os "relativistas morais", que dizem "reprovar a divinização", tentam usar argumentos dos mais mirabolantes, criando um malabarismo de palavras para manter a reputação de Chico Xavier dentro do que oficialmente se entende como Espiritismo, no Brasil.

Nos seus rodopios argumentistas, tentam dizer que não aprovam a complacência do erro, a falsa humildade, a pretensão de luminosidade. Dizem reprovar o igrejismo que o "movimento espírita" defende, mas no fundo só criticam o igrejismo dos outros, mas não o seu. O igrejismo deles e de seu "admirável homem simples", que fazem de Chico Xavier, é apenas uma "liberdade religiosa" de "compreender os ensinamentos cristãos".

Esses chiquistas "pés no chão" se acham "equilibrados". Para não serem criticados, se autoproclamam "falíveis" e "imperfeitos", mas isso é feito para proteger suas vaidades secretas, porque o discurso de "equilíbrio", "imparcialidade" e forçado respeito à deturpação espírita (que eles não admitem como tal), em verdade, lhes é um escudo que lhe mascara o orgulho e o envaidecimento por trás de tamanha "perfeição da imperfeição".

Eles estufam o peito para dizer coisas do tipo: "Há muitos seguidores de Chico Xavier, Divaldo Franco e afins que os tratam como deuses, pessoas infalíveis e dotadas dos maiores poderes espirituais, o que é um engano, porque eles devem ser entendidos como pessoas humildes e imperfeitas, mas que se esforçaram em prol da promoção do bem e da solidariedade".

Esse discurso é perigoso. Afinal, ele, em vez de admitir os erros (gravíssimos) que esses dois deturpadores do Espiritismo cometeram - da "psicografia" fake às opiniões reacionárias - , os minimiza e relativiza, acabando por promover a permissividade do erro, uma vez que as imperfeições são usadas como meio para evitar que eles fossem banidos do Espiritismo em geral.

Esse discurso é um habilidoso recurso de falácias sucessivas, das quais se defende a permanência dos dois "médiuns" e de quem lhes for similar ou associado, no panteão do Espiritismo. É como se mantivéssemos os dois deturpadores e seus consortes mesmo num esforço de recuperação das bases espíritas originais, porque a deturpação é vista como "fruto da imperfeição humana" e, por isso, torna-se aceitável.

Ou seja, esse discurso da relativização é o discurso da permissividade. É como se deixássemos que um mau eletricista, que botou fogo em uma casa porque um trabalho seu causou curto-circuito, tivesse seus serviços mantidos por seus fregueses. Imaginamos o banimento e o cancelamento de seus serviços como fruto de intolerância e de ódio, mas não é verdade.

Imagine um médico cujos erros cirúrgicos causa várias mortes. Ou, se não são esses erros, são as mãos eventualmente sujas de alguma ferrugem ou terra no chão. Será que expulsá-lo da profissão é sinal de intolerância, ódio ou radicalismo, quando ele se demonstra despreparado para assumir uma responsabilidade?

Infelizmente, confundimos perdão com permissividade. Distorcemos a lição de Jesus de Nazaré, "vá e não peques mais", e aceitamos que os modernos escribas e fariseus que, no fundo, sempre foram Chico Xavier, Divaldo Franco e afins, continuem representando de maneira irresponsável uma doutrina que eles deturparam sem o menor escrúpulo, desviando-se do caminho traçado pelos ensinamentos originais do professor Allan Kardec.

Essa "equilibrada" idolatria, embora "admitisse" imperfeições e erros em Chico Xavier e companhia, na verdade são uma "idolatria às avessas", na qual se usa a falácia da "humildade e imperfeição" para promover uma "divinização às escondidas", como alguém que arruma um jeito para que alunos reprovados numa série escolar passem de ano, com todo o malabarismo de relativismos.

O discurso é traiçoeiro e os chiquistas "pés no chão" são os que mais investem no embelezamento das palavras, no simulacro de objetividade e de imparcialidade, tudo para se passarem por "realistas" e "isentos". Pois esses "isentões" da deturpação espírita são muito mais perigosos, porque seus discursos são apenas uma forma para blindar e manter em pé a reputação dos "médiuns" que mais arruinaram as lições originais da Doutrina Espírita, em prol de um igrejismo medieval e matreiro. Com "isentões" assim, não há lógica e bom senso que sobrevivam diante desse alucinado balé das palavras.

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