(Autor: Professor Caviar)
É muito fácil, no Brasil, criar ídolos religiosos, forjando uma narrativa agradável que produz pretensos filantropos, falsos pacifistas, mistificadores que buscam a posse tendenciosa da verdade, pessoas que usam a humildade para obter as glórias terrenas, na esperança de alcançar os tesouros do céu.
Francisco Cândido Xavier foi um grande e grave deturpador do Espiritismo. Foi um sujeito que desviou os postulados espíritas originais para o caminho retrógrado da herança do Catolicismo medieval, através da influência jesuíta do padre Manuel da Nóbrega, rebatizado Emmanuel.
Chico Xavier foi envolvido em literatura fake, que abertamente destoava dos estilos originais dos autores mortos alegados. Participou de fraudes de materialização, dando cobertura e apoio. E tinha ideias bastante reacionárias, além de não fazer a tão alardeada caridade associada a ele, pois, como se não bastasse a filantropia estiver nas mãos de terceiros, pois Chico não movia um dedo para auxiliar realmente as pessoas - sabemos que a maior caridade consiste não em enxugar lágrimas, mas prevenir prantos - , essas ações nunca iam além dos níveis paliativos e fracos do Assistencialismo.
Todos esses aspectos não estão no texto que leremos abaixo, de autoria de Júlia Martins. Com todo o respeito dado à jornalista, consideramos no entanto o texto digno de aluno do primário, sem informações consistentes e motivado mais pela mitificação e pela idolatria religiosa, junto a pretensos clichês ligados às virtudes humanas, como "humildade" e "fraternidade".
No entanto, o texto está de acordo com o universo "cultural" da Alto Astral, voltado aos ídolos popularescos, às subcelebridades e ao universo pitoresco e superficial da TV aberta e seus programas que depreciam a inteligência humana, veiculados pela Globo, Rede TV!, SBT, Record e similares. E a abordagem lembra muito a de Malcolm Muggeridge feita para a reaça Madre Teresa de Calcutá.
O texto deve ser lido com cautela, para que as pessoas não se sintam seduzidas pela perdição mística e emocional das paixões religiosas. Portanto, é necessário ter senso crítico e ler o texto sem deslumbramento, mas com capacidade de questionar as informações apresentadas e a abordagem que transforma Chico Xavier em uma "fada-madrinha da vida real".
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Chico Xavier: conheça a história do maior médium brasileiro
Por Júlia Martins - Portal Alto Astral
Em 2017, Chico Xavier completaria 107 anos de idade. Conheça a trajetória do médium que propagou mensagens que inspiram pessoas de diversas religiões.
As mensagens de caridade e amor ao próximo deixada por Chico Xavier vão além das fronteiras do Espiritismo e inspiram pessoas de diversas religiões. Em 2017, o maior médium brasileiro completaria 107 anos de idade. Conheça sua trajetória na matéria a seguir:
A criança
Francisco Cândido Xavier, também conhecido como Chico Xavier, nasceu em 2 de abril de 1910. Órfão de mãe muito cedo, o pai não tinha condições de criá-lo sozinho junto com os outros nove filhos. Então, quando tinha cinco anos de idade, passou a morar com a madrinha, Dona Rita.
Mesmo com a pouca idade, Chico recordava-se dos ensinamentos religiosos de sua mãe biológica e se escondia no quintal de casa para rezar e amenizar o sofrimento pelo qual passava. Ali, o menino encontrava o consolo não só por meio de suas preces, mas também pelas vozes que escutava, inclusive a de sua mãe falecida.
Foi na escola que as primeiras manifestações psicográficas surgiram. Além de escrever poemas ditados por espíritos, ele sentia como se outras mãos controlassem as suas para que escrevesse.
O homem
Chico foi um homem simples, cuja encarnação estava prevista para servir ao Cristo. Dedicou sua vida inteira a obediência à Espiritualidade e seguiu com responsabilidade os conselhos passados pelo mentor Emmanuel. E, desde então, dedicou sua vida aos necessitados e aos sofredores, pregando o amor em todo lugar em que passava. Chico é considerado o maior líder espiritual do Brasil, sendo uma das personalidades mais admiradas e aclamadas no país.
Dos seus mais de 400 livros psicografados, todos os direitos autorais foram doados para federativas espíritas e instituições assistenciais beneficentes, num verdadeiro exemplo vivo de cidadania e amor ao próximo.
O médium
Aos dezessete anos de idade, em 8 de julho de 1927, na cidade de Pedro Leopoldo, Chico Xavier recebeu as primeiras páginas psicografadas, em noite de alegria e festejo espiritual. A partir daí, inúmeras outras páginas foram escritas e, até o final da sua existência terrena, trabalhou incessantemente em favor da divulgação da Doutrina dos Espíritos. Isso tendo que enfrentar todos os tipos de problemas, desde a incredulidade e a hostilidade humana até a provação das doenças que abalaram seu corpo físico como problemas nos pulmões e nos olhos.
A partida
No dia 30 de junho de 2002, Chico Xavier faleceu de forma serena em sua casinha simples, onde passou os últimos anos de vida. O maior médium brasileiro sofria de pneumonia, labirintite, entre outras doenças. No entanto, sua partida foi tranquila e Chico morreu minutos após se deitar para dormir, sem dor ou sofrimento, aos 92 anos. Curiosamente, nessa data, a Seleção Brasileira de Futebol conquistava o pentacampeonato na Copa do Mundo e o país inteiro estava em festa. Era dessa forma, em um momento de grande alegria nacional, que Chico dizia que iria morrer. E assim aconteceu.
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