Pular para o conteúdo principal

Orgulho dos seguidores de Chico Xavier era alertado pela Codificação


(Autor: Professor Caviar)

Mais uma vez falamos de paixões religiosas, embora estamos devendo um texto específico sobre o tema. Afinal, elas são fontes de tentações emocionais terríveis e sem motivação aparente, o que é mais perigoso. São orgias sem sexo, ganâncias sem dinheiro, transes e alucinações sem drogas, que provocam sensações de torpor e falsa felicidade que corrompem as pessoas e se tornam ainda mais perigosas porque são desprovidas das razões materiais associadas a tais vícios.

A idolatria cega, tomada de fascinação obsessiva e sensações de mórbida devoção, a Francisco Cândido Xavier, revelam não só sentimentos de caráter obsessivos que a literatura kardeciana, com muita antecedência, alertou como graves perigos. Elas revelam também um sentimento de orgulho de seus seguidores que, mesmo sob a desculpa da "humildade" e das "mais elevadas energias espirituais", se envaidecem, de uma forma ou de outra, pela idolatria dada a Chico Xavier, um falso santo promovido, no Brasil, através de um método originalmente bolado por Malcolm Muggeridge.

O orgulho dos seguidores e simpatizantes de Chico Xavier, dos fanáticos beatos de sua pessoa à "patrulha canina" de supostos leigos que o blindam a todo preço, mesmo com tanta relativização, corresponde ao orgulho que a literatura espírita já definiu no caso específico dos médiuns, mas que também pode ser atribuído aos seguidores dos pretensos médiuns brasileiros.

Notemos então o texto de Allan Kardec, na sua seminal e nem sempre agradável obra O Livro dos Médiuns, no Capítulo 20 - Influência Moral dos Médiuns, na questão 228, sobre a imperfeição moral dos médiuns, mas que podem ser analisadas em relação às demais pessoas diante das mistificações da deturpação espírita. Vejamos o texto, antes de irmos a mais comentários a respeito:

228. Todas as imperfeições morais são portas abertas aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com mais habilidade é o orgulho, porque é essa a que menos a gente se confessa a si mesmo. O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis.

Tornando-se presa de Espíritos mentirosos, suas faculdades foram primeiramente pervertidas, depois aniquiladas, e diversos se viram humilhados pelas mais amargas decepções.

O orgulho se manifesta, nos médiuns, por sinais inequívocos, para os quais é necessário chamar a atenção, porque é ele um dos elementos que mais devem despertar a desconfiança sobre a veracidade das suas comunicações. Começa por uma confiança cega na superioridade das comunicações recebidas e na infalibilidade do Espírito que as transmite. Disso resulta um certo desdém por tudo o que não procede deles, que julgam possuir o privilégio da verdade.(5)

O prestígio dos grandes nomes com que se enfeitam os Espíritos que se dizem seus protetores os deslumbra. E como o seu amor próprio sofreria se tivessem de se confessar enganados, repelem toda espécie de conselhos e até mesmo os evitam, afastando-se dos amigos e de quem quer que lhes possam abrir os olhos. Se concordarem em ouvir essas pessoas, não dão nenhuma importância às suas advertências, porque duvidar da superioridade do Espírito que os guia seria quase uma profanação.

Chocam-se com a menor discordância, com a mais leve observação crítica, e chegam às vezes a odiar até mesmo as pessoas que lhes prestam serviços.

Favorecendo esse isolamento provocado pelos Espíritos que não querem ter contraditores esses mesmos Espíritos tudo fazem para os entreter nas suas ilusões, levando-os ingenuamente a considerar os maiores absurdos como coisas sublimes.

Assim: confiança absoluta na superioridade das comunicações obtidas, desprezo pelas que não vierem por seu intermédio, consideração irrefletida pelos grandes nomes, rejeição de conselhos, repulsa a qualquer crítica, afastamento dos que podem dar opiniões desinteressadas, confiança na própria habilidade apesar da falta de experiência – são essas as características dos médiuns orgulhos.

Necessário lembrar ainda que o orgulho é quase sempre excitado no médium pelos que dele se servem. Se possui faculdades um pouco além do comum, é procurado e elogiado, julgando-se indispensável e logo afetando ares de importância e desdém, quando presta o seu concurso. Já tivemos de lamentar, várias vezes, os elogios feitos a alguns médiuns, com a intenção de encorajá-los.

Duas frases desse texto urgente e um tanto amargo para os padrões do "espiritismo" brasileiro, chamam a atenção: 

- "Chocam-se com a menor discordância, com a mais leve observação crítica, e chegam às vezes a odiar até mesmo as pessoas que lhes prestam serviços";

- "E como o seu amor próprio sofreria se tivessem de se confessar enganados, repelem toda espécie de conselhos e até mesmo os evitam, afastando-se dos amigos e de quem quer que lhes possam abrir os olhos. Se concordarem em ouvir essas pessoas, não dão nenhuma importância às suas advertências, porque duvidar da superioridade do Espírito que os guia seria quase uma profanação".

O primeiro caso, em relação aos seguidores de Chico Xavier, é ilustrativo. Em nome de sua devoção cega ao "médium", boicotam textos que revelem, mesmo com provas, seus aspectos negativos. No caso do "médium", fantasias agradáveis prevalecem sobre a verdade que dói. Antes se falasse, por exemplo, que Chico Xavier voou sobre o Rio São Francisco para socorrer um barco de pescadores à deriva, uma invencionice sem um pingo de realidade.

Muita gente se irrita com tais revelações. Uma senhora se irritou quando se falou que Chico Xavier, comprovadamente, apoiou a ditadura militar. Outra senhora recorreu à carteirada ao reagir a outras críticas dadas contra o "médium", dizendo: "quem é você para falar de Chico Xavier"? São demonstrações de fúria que contradizem a ilusão de que tais pessoas são protegidas por boas vibrações espirituais. A menor contestação, reagem com fúria desmedida, imprópria para a imagem que se tem desses beatos religiosos.

Além do mais, essas pessoas chegam a espumar de ódio. Se enfurecem à menor contestação. Ficam chocados com a mais leve observação crítica. Se irritam quando há uma revelação, ainda que com provas (e há muitas contra Chico Xavier, muitíssimas!). Chegam mesmo a reagir com ódio e rancor contra aqueles que trazem tamanhos avisos, mesmo com a melhor das intenções.

Os seguidores de Chico Xavier repelem conselhos, se afastam dos amigos que lhes dão advertências sobre esse deturpador cruel dos ensinamentos espíritas. Quando se dispõem em ouvir advertências, as desprezam ou subestimam, não dando importância sequer à desfiguração da Doutrina Espírita, cuja "catolicização" feita no Brasil é vista como "coisa sem importância", apenas como "consequência natural do entusiasmo da origem católica dos médiuns".

Isso é terrível. São pessoas fanáticas, embora se digam "sem fanatismos". São pessoas apegadas a Chico Xavier, embora deem a falsa impressão de defenderem a "cultura do desapego". São obsediados que se dizem "sem obsessão". Ah, quantos malabarismos a mentira pode exercer, criando ideias falaciosas que se opõem à verdade dos fatos e das atitudes. As paixões religiosas são o tapete no qual se escondem as mais tenebrosas sensações de orgulho, obsessão, credulidade e, até mesmo, arrogância e irritabilidade. Quantos pântanos se escondem sob a relva florida da fé...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um