Pular para o conteúdo principal

Da forma como é feito, "espiritismo" infantiliza os adultos

(Autor: Professor Caviar)

Já perceberam que boa parte do conteúdo ideológico do "espiritismo" brasileiro é de fantasias, mensagens piegas, otimismo exagerado e todo um mundo de faz-de-conta de supostas mediunidades e "curas" milagrosas à sua maneira?

Pois o "espiritismo" brasileiro, da forma que é trabalhada no Brasil, infantiliza os adultos. A energia confusa que esse mundo de faz-de-conta, essa desonestidade doutrinária camuflada com um mundo de cor e fantasia - os tais pretextos de "bondade", "amor" e "caridade" que a doutrina brasileira tanto fala, na falta do que dizer e fazer - faz com que até boa parte dos adultos se tornem órfãos de filhos, em vez do naturalmente inverso.

O "espiritismo" é um mundo da fantasia. Mediunidade de faz-de-conta, em que o nome do espírito de um falecido é usado para fazer propaganda religiosa. 

Há também especulações sobre o mundo espiritual que a falta de estudos sérios não deu um indício sequer de alguma ideia crível, mas que o pessoal aceita por ser muito agradável. Grandes condomínios cercados de um prédio central, misto de hospital com sede administrativa, com um campo florido, bichinhos como gatos, cães e pássaros, pessoas com roupas brancas e limpinhas e um complexo de lazer, como se concebeu a partir de Nosso Lar de Chico Xavier. Tudo fantasia, ilusão, mas que se vende como se fosse realismo, para iludir as almas infantilizadas.

Há mensagens adocicadas do próprio Chico Xavier e Divaldo Franco, eles mesmos fascinando as almas infantilizadas pela imagem de "bons velhinhos". O Chico Xavier como velhinho frágil e interiorano, o Divaldo Franco feito um antigo professor de escola primária. Todos parecendo bonzinhos e sendo "grandes filantropos" com uma ajudinha de nada, sem muito resultado transformador.

Mesmo assim, a roupagem religiosa superestima e sobreleva as pessoas, criando um estrelismo astral associado a uma suposta ideia de humildade que conforta as almas infantilizadas das pessoas. E tudo isso cria um hábito tão grande nas pessoas que é difícil questionar. Derrubar fantasias é uma tarefa difícil, sobretudo para os adultos. E é aí que há uma diferença muito grande em relação às crianças.

Geralmente os adultos têm a ilusão de que seus pontos de vista são consolidados e, por isso, imutáveis. Não se mede a coerência de ideias desenvolvidas, apenas o lado cronológico. Se o sujeito tem mais de 25 anos e tem opiniões equivocadas, ele as mantém e, o que é pior, arruma desculpas "racionais" para suas convicções puramente irracionais.

E isso é pior quando o deslumbramento religioso é posto em questão. Aí as pessoas tentam arrumar desculpas "racionais" aqui e ali, insistindo na argumentação e rebatendo réplicas. Não aguentam ser contestados e tentam manter convicções, se esforçando o máximo para ficar com a palavra final, nem que seja para dizer que o diferencial do "espiritismo" brasileiro é o bom-mocismo.

As crianças, pelo menos, por sua pouca idade e menos experiência de vida, são capazes de aprender e abrir mão de suas fantasias. Elas têm seus ídolos, como o Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa, a Branca de Neve ou, num contexto mais recente, o Bob Esponja, o Ben 10 e o Harry Potter. 

Mas, diferente dos adultos, apegados a Chico Xavier, Divaldo Franco e Adolfo Bezerra de Menezes, as crianças logo percebem que aquele Papai Noel que ela viu no shopping durante o natal era um funcionário contratado e admitem a fantasia numa boa. Já os "espíritas" chegam a espumar de raiva quando se diz que o dr. Bezerra não era essa doçura toda e que Emmanuel e Joana de Angelis eram espíritos levianos. 

Neste caso as crianças têm mais a ensinar aos adultos do que o contrário. E as más energias do "espiritismo" ainda castigam os adultos que eventualmente perdem, assim de repente, suas mais preciosas "crianças".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um