(Autor: Professor Caviar)
Os seguidores de Francisco Cândido Xavier são um fenômeno à parte. Tidos como "espiritualizados", são extremamente materialistas, já a partir do apego desesperado a uma imagem de um "velhinho humilde" associada a ele.
Os seguidores de Francisco Cândido Xavier são um fenômeno à parte. Tidos como "espiritualizados", são extremamente materialistas, já a partir do apego desesperado a uma imagem de um "velhinho humilde" associada a ele.
Os chiquistas, como são conhecidos, precisam, no seu materialismo doentio - que faz os stalinistas parecerem etéreos convictos - , de uma forma materializada de "bondade" e "caridade", tentando criar um desenho humano para tais qualidades.
E aí, teleguiados e hipnotizados pelas manobras ideológicas da Federação "Espírita" Brasileira e das Organizações Globo - corporação de mídia antes hostil a Chico Xavier mas hoje sua propagandista mais entusiasmada - , os chiquistas querem transformar a ideia de "amor e bondade" numa qualidade privativa de Chico Xavier, como se ele fosse o epicentro de tais qualidades e que ninguém pudesse ser "bondoso" senão por intermédio dele.
Note-se a obsessão dos chiquistas pelo seu ídolo, algo comparável ao do Velocino de Ouro, aquela pequena estátua de um carneirinho que era alvo de idolatria extremada. Eles ignoram que Chico Xavier era defensor da Teologia do Sofrimento, cometeu fraudes literárias, sua mediunidade tida como "versátil" era na verdade limitada e tudo de sua "maravilhosa filosofia" se resume em pedir para os sofredores aceitarem suas desgraças em silêncio e fingir que estão felizes.
Madre Teresa de Calcutá disse coisa parecida e foi considerada "anjo do inferno". É certo que, no começo, o jornalista Christopher Hitchens sofreu ataques pesados por denunciar irregularidades da "filantropa". Mas ele lidava com fatos, não com mitos e muito menos ataques pessoais, que foram comprovados com estudos universitários sérios, feitos no Canadá.
Mas, aqui no Brasil, Chico Xavier é tido como "ativista" e "progressista" quando prega para "sofrermos em silêncio" e muitos acham lindo coisas como "o silêncio é a voz da sabedoria" sem saber que isso é uma espécie de "AI-5 do bem".
E se Madre Teresa apareceu ao lado do Ronald Reagan que patrocinava banhos de sangue na América Central e no Oriente Médio, Chico Xavier aparecia numa rede de televisão defendendo a ditadura militar, que então vivia fase de intensa repressão, em que pessoas eram condenadas até com boatos de "atividades subversivas", torturadas e assassinadas sem qualquer investigação.
O apego a Chico Xavier é tão grave e tão sério que cria até situações surreais. Há uma corrente dos críticos da deturpação da Doutrina Espírita que querem recuperar as bases originais de Allan Kardec, mas não abrem mão de manter Chico Xavier e, por associação, Divaldo Franco, na sua alta reputação, mesmo que eles sirvam apenas de enfeite para os kardecianos pouco vigilantes.
Daí o grande problema de exaltar um deturpador da Doutrina Espírita e elevá-lo a uma postura quase divina. Há quem prefira que o Brasil se destrua de vez, desde que mantenha o mausoléu de Chico Xavier em Uberaba e os seus livros.
A obsessão em torno de Chico Xavier é uma demonstração de anti-espiritualismo, de anti-humanismo, de pessoas que não querem ser boas por conta própria e que precisam de uma forma materializada de "amor e bondade", ainda que seja de um caipira de trajetória bastante confusa e duvidosa.
Comentários
Postar um comentário