Pular para o conteúdo principal

Não dá para fazer Ciência com especulação

(Autor: Kardec Mc Guiver)

O "Espiritismo" brasileiro é altamente especulativo, o que favorece a aceitação de absurdos e a manifestação de muitas contradições. Para quem não sabe, especular é "analisar" com base em suposições. É transformar o duvidoso em certo. É afirmar sem ter o conhecimento adequado.

Muitas bobagens tem sido divulgadas pelo "Espiritismo" brasileiro como se fossem verdades indiscutíveis. O prestígio de personalidades e a associação com estereótipos de bondade reforçam a aceitação de certas ideias, substituindo o esforço intelectual que "espíritas" se recusam a adotar.

Francisco Cândido Xavier, ídolo maior dos "espíritas" brasileiros era um simples fiel católico que tinha uma certa paranormalidade. mas foi transformado em mito e hoje ele é mais cultuado que o científico Allan Kardec, servindo de fonte de mentiras, ideias tolas e estimulando o travamento intelectual.

Mas para muitos ingênuos Xavier foi um sábio e até mesmo um intelectual, pois irracionais como todo fiel religioso, os admiradores do médium não sabem o que significa a palavra sabedoria aceitando o absurdo da possibilidade dela nascer do nada, como um passe de mágica. 

Para muitos, o que Chico Xavier dizia era acatado como verdade inquestionável. Acreditam que sua inteligência estava embutida na sua suposta bondade. Já falamos inúmeras vezes sobre a suposta bondade dele, e não é foco desta postagem falar dela. O que se pode dizer aqui é que mesmo que ele tenha sido bondoso de fato, a bondade não justifica a inteligência, podendo o médium falar asneiras extremamente absurdas e inaceitáveis pela lógica e pelo bom senso.

Há quem diga também que Xavier era assessorado por "espíritos de cientistas". Que cientistas? André Luiz? Ele é uma ficção, nunca existiu! E sinceramente acho ofensivo dizer que ele foi Carlos Chagas ou Oswaldo Cruz, pois o conteúdo científico da "saga André Luiz" é risível, provando que o suposto "espírito", como cientista era uma fraude. Além disso, as características das vidas de Chagas e Cruz não batem com a da alegada biografia oficialmente conhecida do suposto espírito. 

E de fato não há cientistas entre os espíritos que andavam com Chico Xavier, porque um ingênuo portador da fé cega, que é irracional, nunca iria atrair espíritos sábios para falar por ele. A afinidade de ideias é indispensável para que haja a comunicação espiritual.

Mesmo assim, o prestigio de Xavier como "cientista" continua sendo difundido e reforçado. Até rios de dinheiro que deveria ir para a caridade foram gastos em um documentário caríssimo (Data Limite, segundo Chico Xavier) para tentar promover o médium como "patrono da ciência brasileira", na desesperada tentativa de embutir qualidades ao médium para canonizá-lo como um semi-deus.

E com isso muitas bobagens vão se espalhando pelo "Espiritismo" brasileiro, gerando um festival de especulações, muitas contraditórias entre si. Acreditando ser "ciência", muitos fiéis "espíritas" vão aceitando cegamente o que ouvem dificultando a compreensão da realidade espírita e adiando a evolução espiritual.

A ciência de Kardec nunca deveria ter sido usada para tetar justificar as bobagens criadas pelo "Espiritismo" brasileiro. Está mais do que na hora de analisarmos tudo que nos chega aos nossos olhos e ouvidos, sem se preocupar com o prestígio de fulano ou sicrano.

Ciência se constrói com estudo, não com suposições. Já a especulação, o habito de formar "conhecimento" com suposições e dados inverídicos, só constrói ilusões.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um