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Chico Xavier deve ser respeitado. Já o Kardec não?

(Autor: Profeta Gandalf)

Continuando com a série de explicações sobre a polêmica iniciada no Facebook, os reclamantes não gostaram da palavra "chiquista" por achar pejorativa. Quanto a isso, merece uma boa explicação.

Pra começar o termo "chiquista" não está errado e muito menos é ofensivo. Gramaticalmente está correta e se refere, no caso, aos seguidores do Chico Xavier, idolatrado pelos "espíritas" brasileiros como se fosse um semideus, mesmo sendo o grande responsável por consagrar a deturpação iniciada no Pacto Áureo firmado pelos fundadores da FEB, incluindo o "santo" Bezerra de Menezes, que brigou com o genial Angeli Torteroli (um dos que mais condenavam a deturpação) para manter todos os erros que conhecemos hoje.

O termo soa pejorativo para os reclamantes porque Xavier é muito admirado. O famoso médium se consagrou - erradamente, mas arraigadamente - como o "maior espírita" brasileiro, mesmo não entendendo as obras da codificação e sendo católico de carteirinha, praticante e devoto. Estigmatizado como o "homem mais bondoso do mundo" mesmo não tendo feito nada para melhorar sequer a cidade onde vivia, Uberaba, no interior mineiro, Xavier tem uma legião de fãs dentro e fora desse "Espiritismo" por estar completamente de acordo com essa caridade estereotipada que não passa de um assistencialismo paliativo, pois essencialmente não gera mudanças, apesar de dar conforto.

Mas não é pejorativo. Chiquismo deveria ser o nome mais correto para este estranho "Espiritismo" praticado no Brasil, piegas, contraditório, dogmático e fantasioso, já que são características presentes nas obras do influente médium, a quem os reclamantes exigem o respeito e o perdão.

Tudo bem, mas e Kardec, não merece esse respeito? Quem deturpou a doutrina, estimulando o não-raciocínio, difundindo bobagens, enganando a todos, mesmo involuntariamente (pior: enganando A SI MESMO), merece mais respeito do quem quem estudou para tentar lançar uma doutrina que deveria ser racional?

Deveríamos cobrar é respeito por Kardec. Se acham que "chiquista" não deveria ser utilizado, creio que "kardecista" muito menos. Interessante que todos cultuam Kardec, sem seguí-lo de fato, fazendo questão de se auto-rotular "kardecista" sem pegar sequer numa só página das obras da codificação.

Será que não é ofensivo tomar o nome de Kardec apenas para "atestar" as bobagens difundidas por esta forma deturpada? Claro que é! Falam tanto que o termo "chiquista" soa pejorativo, mas vamos ter que assumir um "kardecismo" sem Kardec? Porque Kardec pode ser tratado desta forma?

Isso sim é que é ofensivo. Kardec há muitas décadas não é objeto de estudo. Apesar de seus livros serem de fácil leitura e de compreensão bastante lógica, muitos alegam não lê-lo por suposta prolixidade, estranhamente encontrada nas obras psicografadas responsáveis pela deturpação, mas infelizmente lidas por quem não quis ler Kardec. Vários "espíritas" se acham dispensados de ler Kardec por que leram um desses livros psicografados que "já dizem tudo". Dizem nada!

E então, o que é mais racional, chamar os "espíritas" brasileiros de chiquistas (seguidores de Chico) ou continuar nesse puxa-saquismo enganador que finge ser "kardecista" sem ser de fato? 

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