(Autor: Senhor dos Anéis)
Na fachada, ou seja, quando se apresenta para o público leigo, o "espiritismo" brasileiro se vende como uma doutrina "tudo de bom": moderna, despretensiosa, racional, futurista, progressista, honesta. Mas isso é uma falsa impressão. Há, por trás disso, o "espiritismo profundo", uma religião brasileira de valores medievais fundamentados na Teologia do Sofrimento, o que significa que seu conteúdo moral é rigorosamente punitivista.
Juntando isso às energias vibratórias altamente maléficas do "espiritismo à brasileira", consequência natural e irreversível das más escolhas e da falta de honestidade dessa religião que é mais dissimulada que as chamadas seitas evangélicas neopentecostais, nota-se que o "espiritismo" brasileiro, por mais que prometa "energias vibratórias positivas", transforma a vida do oprimido num pesadelo.
Energeticamente, o "espiritismo" brasileiro só favorece pessoas de baixo caráter ou outras que, não sendo levianas, são ao mesmo tempo conservadoras e inócuas, como muitos dos famosos que seguem a religião medieval comandada por Chico Xavier. Mas, fora desses isentos do infortúnio, os demais que acabam se rendendo a essa doutrina obscurantista se tornam reféns de uma série infinita e irresolúvel de adversidades, que aparecem em excesso, com difícil solução e contra a qual nem mesmo as preces mais chorosas conseguem conter.
Isso mostra o quanto o "espiritismo" brasileiro, uma religião desonesta, mentirosa e hipócrita, se move pelo juízo de valor, supondo, sem ter o pingo de fundamentação, que o oprimido tenha que "pagar pelo que deve". Segundo esse princípio, é inútil o arrependimento e a ideia é "enfrentar a adversidade", dentro de um conceito que hoje anda muito em moda, a "resiliência", ou seja, a atitude de, em tese, contornar todo tipo de infortúnio com serenidade e perseverança.
Só que as adversidades se tornam pesadas demais e o moralismo "espírita" acaba significando, portanto, uma espécie de extorsão moral, quando se obriga uma pessoa a aceitar o pior sofrimento em troca de "bênçãos futuras", ou de estelionato astral, do qual se desenhou a fictícia cidade de "Nosso Lar" como desculpa para a pessoa transformar sua vida carnal num suplício interminável.
Vários atendentes e palestrantes "espíritas" chegam mesmo a dizer, sádicos, que o oprimido vive sua "melhor fase" quando atinge o sofrimento extremo, a dor mais extrema, a adversidade mais traumatizante.
A insensibilidade dos "espíritas" soa estranha para o chamado senso comum, que parece viver na zona de conforto da compreensões fáceis, pois é muito confortável chutar os "cachorros mortos" das seitas neopentecostais, com seus argueiros nos olhos, do que o obscurantismo de fala macia dos "espíritas", com as traves cegando os olhos para a verdade por trás dessa doutrina que é o fel com sabor de mel.
Há pessoas com sérios problemas financeiros sob o risco de caírem em ruína irreversível. Se estudam para concursos públicos, são deixadas para trás por candidatos que acertam as questões na cabra-cega, mas, uma vez trabalhando nos cargos do serviço público, reclamam da instituição onde trabalham, por não conseguir um salário que lhes permita comprar aquele carrão do ano à vista.
Se tentam uma entrevista de emprego, as pessoas oprimidas contaminadas pelas energias "espíritas" também são passadas para trás por candidatos medíocres mas cheios de um bom papo para enganar o empregador.
Se participam de uma promoção ou de uma loteria, buscando dinheiro só para pagar dívidas e alimentação, perdem porque quem ganhou a grana vai usar para coisas mais supérfluas, como fazer festas na laje, fazer turismo só por fazer, e encher a casa de televisões, carros na garagem e cachorros para criar. Ou então para torrar grana com engradados de cerveja por todas as noites no bar da moda.
E o pior é que o oprimido se arrepende, pede clemência, abre mão de ambições, obtém autocrítica e tudo se torna inútil, sob a sombra do "espiritismo", que ainda por cima "persegue" os apóstatas dessa religião, arrumando-lhes residências e contextos sociais que possam se aproximar da influência dessa seita, como se os "espíritas" se aproveitassem isso para continuar vigiando suas vítimas.
São energias absolutamente maléficas, prejudiciais, e mostram o quanto o "espírita", e não se fala só do tarefeiro menor do "centro espírita" mais imperfeito, mas também do "renomado" Chico Xavier, este um defensor de ideias mais apropriadas para os tempos das cruzadas. Pois foi através dele que a Teologia do Sofrimento ganhou fama no Brasil, temperando o moralismo punitivista e severo do "espiritismo" brasileiro que, por trás das alegações de que "o oprimido tem que ter muita paciência para encontrar a bonança", há um desejo perverso de ver o oprimido sofrendo pelo resto da vida.
E isso é até muito pior do que o punitivismo dos neopentecostais, porque estes, por mais retrógrados que parecem, ao menos são menos cruéis e menos fatalistas com os seus seguidores. Mas a sociedade se ilude com o discurso rancoroso dos pastores e "bispos", mas se esquece do veneno mortal que a fala dócil e suave dos "médiuns espíritas" esconde em suas retóricas.
A existência de "centros espíritas" ou a falta de iniciativa em expurgar as energias negativas trazidas pelo "espiritismo" torna-se crucial para transformar a vida de várias pessoas num festival de infortúnios que esmagam as almas.
Chega-se ao ponto de o "espiritismo" travar a evolução de lugares como a Península de Itapagipe, em Salvador, o bairro da Casa Verde, em São Paulo, ou mesmo os bairros de Rio do Ouro e Várzea das Moças, em Niterói (onde, na Internet já se começa a chamar a atenção sobre a falta de uma rodovia própria ligando os dois bairros, problema tratado com indiferença pelos próprios niteroienses, que agem como se estivessem obsediados por alguma força estranha).
O próprio Brasil se mergulha numa fase de muita confusão, reflexo não só do ódio bolsonarista mas de valores socioculturais vigentes há 50 anos que, mesmo perdendo a serventia e a relevância, insistem em se permanecer de pé através de uma forçada ressignificação, como se esses valores próprios da ditadura militar pudessem valer nos tempos considerados democráticos de hoje.
Se o chamado senso comum não começar a contestar a validade do "espiritismo" e ficar reprovando os erros religiosos somente no âmbito neopentecostal, o Brasil decairá completamente e a parcela da sociedade que defende essa religião e, principalmente, a figura de Chico Xavier, cairá no ridículo e sofrerá também as consequências drásticas de tamanha fascinação religiosa.
Romper com Chico Xavier e passar a rejeitar esse verdadeiro inimigo interno do Espiritismo original é um passo para as pessoas começarem a abrir suas consciências e jogar no lixo esse encantamento religioso que nenhuma utilidade trouxe em suas vidas e, muitas vezes, só trouxe o contrário: um sofrimento em doses surreais e ilimitadas.
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