(Autor: Professor Caviar)
Está programado o 9º Congresso Mundial Espírita, a ocorrer na cidade do México, no país homônimo, para discutir as diretrizes do "espiritismo" igrejista que há muito se divorciou dos postulados kardecianos originais, reduzindo o coitado do Allan Kardec a um alvo de gosmenta bajulação.
Segundo o jornal "Correio Espírita", o México é protegido pelo espírito de Juana Inés de La Cruz, que apontam ser a suposta Joana de Angelis que teria sido mensageira espiritual de Divaldo Franco.
Só que, em 2015, foi anunciado que Joana de Angelis teria reencarnado, com aquele mesmo papo conhecido: reencarnar para trabalhar como professora, promover a paz entre os povos, blablablá. Isso sugere que a atividade "mediúnica" de Divaldo Franco se encerrou e ele apenas realiza palestras, depoimentos e participações em programas de televisão.
E aí, vemos que, de repente, "Joana de Angelis" não reencarnou, dentro daquelas mudanças de planos do "meio espírita". Outras mudanças de planos vieram. Francisco Cândido Xavier, por exemplo, foi convidado a deixar o "reino dos puros" e voltar para a erraticidade terrena, porque foi rebaixado, pelos "isentões espíritas" - que se acham "o primor de objetividade e imparcialidade" - , a um "homem humilde, simples e imperfeito". Sim, Chico Xavier teve até que devolver o passaporte do céu, porque ele foi confiscado. Daí que o espírito do "médium", que pelo jeito teve a oportunidade de conhecer Deus, teve no entanto que fazer o seu trajeto de retorno.
Sua "data-limite" também alterou os planos. Quer dizer, a tão esperada "profecia" de 20 de julho passado foi um grande fiasco, de forma que os "espíritas" até tentaram explicá-la de forma diferente, dizendo que ela foi "mal interpretada" e que ela não era mais do que o "começo da reconciliação fraterna da humanidade". Vá entender.
JOANA DE ANGELIS FOI O "MÁSCARA DE FERRO"
Devemos avisar aos navegantes que Joana de Angelis nunca foi a Joana Angélica que ensinou no convento da Lapa, em Salvador, no passado. Do contrário de Emmanuel, que condiz ao perfil do antigo padre jesuíta Manuel da Nóbrega, Joana de Angelis não se encaixa no perfil de Joana Angélica, que pode ter sido enérgica, mas não autoritária.
O que podemos inferir é que Joana de Angelis é, na verdade, a identidade usada pelo espírito obsessor de Divaldo Franco, que era definido como "Máscara de Ferro", mediante um acordo com o "médium" para divulgar mensagens de cunho religioso (igrejista).
Joana de Angelis nada tem a ver com as alegações de meiguice e profunda beleza a ela associadas. E, além disso, seu caráter autoritário vai contra os ensinamentos kardecianos, que alertaram sempre que um espírito autoritário é considerado de natureza inferior, de baixa evolução moral. Só um país conservador e desinformado como o Brasil é capaz de atribuir superioridade espiritual a tais espíritos, quando a Codificação, com muita antecedência, nos alertou sobre o baixo nível moral dos mesmos.
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