Pular para o conteúdo principal

Chico Xavier e os estragos da fascinação obsessiva


(Autor: Estudo Realmente Espírita)


Terrível o estrago de décadas para promover um ídolo religioso.

As pessoas recebem o "produto pronto", ou seja, o ídolo religioso delineado como "símbolo de amor e bondade" e "exemplo de caridade".

Mal sabem que, no caso mais típico do suposto médium Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, o que se houve foi uma propaganda enganosa das mais habilidosas.

Chico Xavier, o maior e mais deplorável traidor dos ensinamentos espíritas, não por ter surgido dentro da doutrina, mas por não assumir responsabilidades que prometia cumprir, teve uma trajetória cheia de confusões e incidentes gravíssimos.

Esses incidentes estão relacionados, sobretudo, a obras literárias fake, que levavam os nomes de famosos mortos para promover sensacionalismo e alavancar as vendas.

Da mesma forma, Chico se envolveu em fraudes de materialização, falsa psicofonia e em práticas de mero Assistencialismo que muitos pensam ser "caridade plena".

Houve também a exploração mórbida das tragédias familiares, a glamourização do sofrimento humano e o balé das palavras fáceis e bonitinhas, cheias de frases banais e supérfluas sobre amor e paz.

Ou seja, Chico Xavier tem mais pontos deploráveis e sombrios de sua vida do que pontos que parecem admiráveis.

Ele apenas foi gentil e de bom papo como qualquer pessoa, e isso não é diferencial algum. Até um líder do PCC, em certos momentos, também é simpático, alegre e de boa conversa.

O grande problema é a fascinação obsessiva e doentia que os seguidores e simpatizantes de Chico Xavier, ou mesmo parte de seus críticos, sentem por ele.

É um sentimento dos mais doentios de apego, deslumbramento e submissão a uma única figura, e que volta e meia se explode em surtos individuais a cada momento.

Mesmo quando alguns negam que Chico Xavier seja "semi-deus" ou "profeta", alegando que ele era "só um homem humilde", está se fazendo adoração pelo avesso e sucumbindo, da mesma maneira, à fascinação obsessiva, para não dizer a subjugação.

A fascinação obsessiva e a subjugação são dois tipos perigosos de obsessão descritos pela literatura kardeciana. Só não chegam ao perigo extremo da possessão, mas já provocam efeitos devastadores.

A fascinação obsessiva ainda mantém a pessoa sob consciência dos seus atos, mas ela já sofre consequências negativas por tal postura. A subjugação já manipula mais a vontade humana, atuando no inconsciente da pessoa.

Como no caso de muitos idosos e idosas que, depois que manifestam sua adoração por Chico Xavier, veem seus filhos morrerem em tragédias repentinas, como se isso trouxesse azar.

Tais pessoas conseguem ter suas visões de mundo, sua lucidez etc, até que a imagem do "bondoso médium" surge como um canto de sereia.

Textos piegas sobre paz, alegações de suposta caridade, frases inócuas e nem tão belas assim "temperadas" por paisagens celestiais ou floridas, tudo isso deixa os seguidores e simpatizantes de Chico Xavier no abismo da fascinação obsessiva.

Quantos estragos um homem que começou fazendo literatura fake e fez irritar, com isso, a comunidade literária e intelectual (que, com muita razão, se revoltou contra Chico Xavier), e agora quer ser adorado DE QUALQUER MANEIRA!!

As pessoas põem relativização aqui e ali, como se Chico Xavier fosse um boneco de modelar. Nunca se idealizou demais de um ídolo religioso, nunca se moldou uma figura assim ao sabor irresponsável do pensamento desejoso, outro problema sério do Brasil.

Isso é extremamente perigoso, e revela como o Brasil premia fácil a esperteza, o oportunismo e a traição.

A idolatria de Chico Xavier poderia ser muito bem cancelada e eliminada só pelo fato de seus livros representarem vergonhosa traição aos ensinamentos espíritas originais.

Mas não. Até quem aponta fraudes na literatura de Chico Xavier, sempre vem com esse refrão: "mas ele foi sem dúvida um homem bom, ajudou muita gente etc".

Não, meus amigos!!!! A "caridade" de Chico Xavier foi feita por terceiros. Ele apenas era o mestre de cerimônias, o apresentador da caridade alheia. Ele era a "cigarra" que se promovia às custas do trabalho das "formigas"!!!!

Não há como idolatrar Chico Xavier. Seu destino seria apenas o desprezo, a ignorância, a volta à sua condição de um anônimo que se perdeu na multidão tragada pelo tempo.

Se o Brasil fosse um país menos imperfeito, Chico Xavier, quando muito, seria apenas um exótico beato católico que dizia ter sido um paranormal, e seu nome seria mencionado em discretos verbetes em enciclopédias e almanaques sobre fatos pitorescos ou sensacionalistas.

Mas o Brasil tem a mania surreal de contrariar a lógica e bom senso e Chico Xavier, hoje promovido a um "filantropo" aos moldes da ficção de novela da Rede Globo (que blinda o "médium"), virou alvo de adoração mais obsessiva.

Ele não merece essa idolatria toda. Se deixarmos de lado o véu da memória curta, veremos o quanto ele teve de aspectos sombrios e o quanto de "pistolão" ele recebeu para ser promovido a ídolo religioso, não por obras autênticas, mas por clichês religiosos muito bem inventados.

Daí que quem adora Chico Xavier deveria, por exemplo, lavar suas bocas com sabão ao tentarem falar mal da Rede Globo e da família Marinho, porque as Organizações Globo muito contribuíram para construir essa imagem de "filantropo" que os brasileiros adoram do "médium".

É hora de parar de sonhar e deixar de ouvir o canto de sereia de Chico Xavier para não cair nas perdições do umbral.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Publio Lentulus nunca existiu: é invenção de "Emmanuel" da Nóbrega! - Parte 3

OBS de Profeta Gandalf: Este estudo mostra que o personagem Publio Lentulus, utilizado pelo obsessor de Chico Xavier, Emmanuel, para tentar dizer que "esteve com Jesus", é um personagem fictício, de uma obra fictícia, mas com intenções reais de tentar estragar a doutrina espírita, difundindo muita mentira e travando a evolução espiritual. Testemunhos Lentulianos Por José Carlos Ferreira Fernandes - Blog Obras Psicografadas Considerações de Pesquisadores Espíritas acerca da Historicidade de Públio Lêntulo (1944) :   Em agosto de 1944, o periódico carioca “Jornal da Noite” publicou reportagens investigativas acerca da mediunidade de Francisco Cândido Xavier.   Nas suas edições de 09 e de 11 de agosto de 1944, encontram-se contra-argumentações espíritas defendendo tal mediunidade, inclusive em resposta a uma reportagem anterior (negando-a, e baseando seus argumentos, principalmente, na inexistência de “Públio Lêntulo”, uma das encarnações pretéritas do

Provas de que Chico Xavier NÃO foi enganado por Otília Diogo

 (Autor: Professor Caviar) Diante do caso do prefeito de São Paulo, João Dória Jr., que divulgou uma farsa alimentícia durante o evento Você e a Paz, encontro comandado por Divaldo Franco, o "médium" baiano, beneficiado pela omissão da imprensa, tenta se redimir da responsabilidade de ter homenageado o político e deixado ele divulgar o produto vestindo a camiseta do referido evento. Isso lembra um caso em que um "médium" tentava se livrar da responsabilidade de seus piores atos, como se ser "médium espírita" permitisse o calote moral. Oficialmente, diz-se que o "médium" Francisco Cândido Xavier "havia sido enganado" pela farsante Otília Diogo. Isso é uma mentira descarada, sem pé nem cabeça. Essa constatação, para desespero dos "espíritas", não se baseia em mais um "manifesto de ódio" contra um "homem de bem", mas em fotos tiradas pelo próprio fotógrafo oficial, Nedyr Mendes da Rocha, solidário a

Um grave equívoco numa frase de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) Pretenso sábio, o "médium" Francisco Cândido Xavier é uma das figuras mais blindadas do "espiritismo" brasileiro a ponto de até seus críticos terem medo de questioná-lo de maneira mais enérgica e aprofundada. Ele foi dado a dizer frases de efeito a partir dos anos 1970, quando seu mito de pretenso filantropo ganhou uma abordagem menos confusa que a de seu antigo tutor institucional, o ex-presidente da FEB, Antônio Wantuil de Freitas. Nessa nova abordagem, feita sob o respaldo da Rede Globo, Chico Xavier era trabalhado como ídolo religioso nos moldes que o jornalista católico inglês Malcolm Muggeridge havia feito no documentário Algo Bonito para Deus (Something Beautiful for God) , em relação a Madre Teresa de Calcutá. Para um público simplório que é o brasileiro, que anda com mania de pretensa "sabedoria de bolso", colecionando frases de diversas personalidades, umas admiráveis e outras nem tanto, sem que tivesse um