Pular para o conteúdo principal

Postagens

Texto tolo e sem fundamento tenta dissociar Chico Xavier de Bolsonaro

(Autor: Professor Caviar) Um texto publicado no Repórter Nordeste manifesta indignação ao texto publicado na postagem anterior, na qual foram dadas informações sobre o medo de Francisco Cândido Xavier em ver Lula presidindo o Brasil e o seu desejo, tido como "previsão", de que o nosso país tivesse um presidente da República relativamente novo, porém conservador. Completamente sem fundamento, o texto do Repórter Nordeste é guiado por alegações meramente emocionais tanto no que se refere ao mito adocicado de Chico Xavier quanto à defesa um tanto incipiente do esquerdismo. Seguindo a tendência dos "isentões espíritas" - que agora querem que Chico Xavier seja adorado "nos limites de suas imperfeições" -  o artigo diz que "o Brasil não precisa de salvadores da pátria, nem a pé, nem a cavalo", e segue os clichês de apelar que o "médium" possa ser admirado "pela dedicação ao próximo", dentro daquela mitificação religiosa qu...

Carlos Bacelli, que trabalhou com Chico Xavier, apoiou Bolsonaro na campanha de 2018

(Autor: Professor Caviar) O "médium" Carlos Bacelli (ou Carlos Baccelli, para ampliar as pesquisas no Google), que trabalhou com Francisco Cândido Xavier, foi um de seus colaboradores mais entusiasmados, tendo atuado e continuando a atuar em Uberaba. Sendo convidado até para os festejados documentários da Pozati Filmes - de Juliano Pozati, propagandista da "data-limite" junto a Geraldo Lemos Neto - . Bacelli publicou, por solidariedade, um texto do amigo Liberato Póvoas, ex-desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás e frequentador da Casa Dom Inácio de Loyola, de João de Deus, outro seguidor de Xavier. O texto cita que Bacelli declarou apoio a Jair Bolsonaro, o que Póvoas concordou de imediato. No texto de Póvoas, são feitos comentários agressivos contra o esquerdismo. O texto, publicado em 2018, manifesta o apoio de Bacelli à candidatura de Jair Bolsonaro, e afirmou categoricamente que Chico Xavier TINHA MUITO MEDO DO LULA, para desespero dos esquer...

O "bolsonarismo" de Emmanuel

(Autor: Professor Caviar) Convenhamos. Quem cobra "disciplina" nem sempre cumpre a sua. É muito fácil, no moralismo retrógrado, cobrar rigor aos outros, quando não se faz a própria parte. Em muitas famílias, os pais cobram aos filhos para procurarem emprego, mas não cobram dos empregadores que lhes concedam alguma oportunidade para trabalhar. Assim fica complicado para pessoas que chegam a estufar o peito cobrando rigor extremo aos outros - aquela falácia de que "tem que meter a cara, mesmo, dar murro em ponta de faca até sangrar" - e não contribuem com sua parte. Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República sob a perspectiva de que atuaria com grande rigor moral no Brasil. Sua imagem, embora sob mil controvérsias, sempre foi associada, por seus apoiadores, à ideia de "austeridade", "transparência" e "coragem para implementar medidas duras para resolver a crise no Brasil". Algo como também associar a imagem de Francisco Câ...

Jair Bolsonaro e João de Deus são "filhos" de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) O fruto não cai fora de sua correspondente árvore. Cá para nós, laranja não dá em bananeira, e devemos perceber que, se há dois casos arrivistas, como o de Jair Bolsonaro e do "médium" João Teixeira de Faria, o João de Deus, envoltos em inúmeros escândalos, é porque isso faz parte do Brasil em que um arrivista de nome Francisco Cândido Xavier é considerado um "semi-deus". A tendência dos "isentões espíritas" em apelar para que os "médiuns" sejam reconhecidos "no limite de suas imperfeições" não resolve o problema. Só agrava. A complacência nunca assumida dos erros - os "isentões" adoram reprovar a complacência do erro, desde que cometido por gente fora do seu meio - só serve para permitir que "médiuns" envolvidos em escândalos mantenham a alta reputação mesmo com tais ocorrências. O Brasil tornou-se um país em que o erro se tornou banalizado e, por isso, muita gente pensa qu...

Chico Xavier usou os "mortos" para tornar opiniões pessoais "menos pessoais"

(Autor: Professor Caviar) Ninguém desconfia da obra sensacionalista de Francisco Cândido Xavier? As pessoas aceitam sem reservas obras muito estranhas que, num país despreparado para entender a mediunidade que o nosso - enquanto até o Velho Mundo estava ainda engatinhando em relação ao tema - , apresentam irregularidades e problemas, muitos deles bem graves, na atribuição de suposta comunicação dos mortos com os vivos. Pois se Chico Xavier passou a alegar que "falava com os mortos" e, assim do nada, alegou também que "recebia os maiores literatos do além que haviam vivido entre nós", devemos desconfiar, e muito. Mas o Brasil, infelizmente, não tem esse método cartesiano de duvidar das coisas, preferindo aceitar mentiras que viessem coroadas de flores e doces. Ou seja, a ignorância coletiva foi pega pelo deslumbramento fácil às coisas. Sem que tivéssemos qualquer informação sobre o que realmente é mediunidade, paranormalidade, contato com mortos e vida...

Banalização do erro une chiquistas e bolsonaristas

(Autor: Professor Caviar) Tomemos muito cuidado com a frase de Francisco Cândido Xavier: "O sentimento de ódio é um processo de auto-obsessão". Para o chiquista aloprado jogar Chico Xavier no balaio das esquerdas, assim de maneira tola, é um pulo, sem que se observem nuances e contextos diversos que fazem o reacionarismo doentio do "médium" - que só eventualmente era explicitamente manifesto como no Pinga Fogo da TV Tupi, em 1971 - parecer estranho para muita gente. Consta-se que a Natureza molda animais e plantas traiçoeiros com uma aparência que não parece agressiva. A raposa é um animal de feições graciosas, seus passos e o comportamento aparentemente calmo podem parecer que esse bicho pode ser domesticável. Mas não é: a raposa é considerado um animal selvagem e a metáfora da raposa que cuida do galinheiro corresponde à armadilha de pessoas que deixam suas coisas e assuntos serem cuidados por seus algozes, pois as raposas são predadoras das galinhas. ...

Os três Joões de Deus de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) O nome "João de Deus" parece ser ilustrativo para Francisco Cândido Xavier. Em sua trajetória três "Joões de Deus" se envolveram em diferentes episódios, de alguma forma marcados pelo tendenciosismo e outras situações que de nenhum modo soam iluminadas, apesar da persistência de seus seguidores. O primeiro caso se deu em Parnaso de Além-Túmulo , livro oportunista de 1932, que veio com o detalhe surrealista de prometer lançar de uma só vez poemas e prosas trazidos por autores mortos lá do mundo espiritual, num Brasil que mal tinha noção de sua própria realidade. Um dos vários poetas usurpados por essa suposta antologia - que expressa uma qualidade poética bastante inferior à que se conhece do legado dos autores mortos deixados em vida - foi o português João de Deus Nogueira Ramos, que viveu entre 1830 e 1896. Esse João de Deus era um poeta romântico, pedagogo e foi um dos mais populares de Portugal em seu tempo. Era também ami...