Infelizmente, o falso médium portador de problemas mentais e que lamentavelmente responde como maior líder de uma seita religiosa ainda respeitável, cada vez mais se consagra, enganando uma gigantesca multidão de desavisados que nunca viram na TV aberta algo que denunciasse o charlatanismo dele.
A falta de uma denúncia feita por um meio de comunicação que fosse confiável para a opinião pública - mesmo mentirosa, a mídia oficial (TVs, revistas, jornais e rádios) ainda é a fonte oficial de informações para mais de 80% dos brasileiros - fez com que Chico Xavier, o charlatão, fosse blindado por omissão de denúncia de seus erros, fazendo ser admirado até mesmo por ateus.
A intensa propaganda feita nos anos 70, 80 e 90, já prevista décadas antes, do suposto altruísmo "poderoso" do beato mineiro, se consagrou de forma sólida na opinião pública. A versão oficial, aceita por quase todos é a de que "se a mediunidade de Chico Xavier era duvidosa, pelo menos a caridade dele era não somente verdadeira como poderosa, intensa e eficaz". Balela.
Não há provas de resultado da caridade feita pelo falso médium. Se praticada de fato, nunca foi além de uma doação de esmolas e aquelas falsas comunicações feitas através da leitura fria. Mesmo assim, Xavier é consagrado como o maior filantropo do país sem oferecer um só resultado de sue benevolência e muito menos ter sido responsável por alguma transformação social no país.
Essa caridade fajuta que admira a todos na verdade surge como forma de blindar o charlatanismo do beato, que usava nomes de outras pessoas para que as suas convicções pessoais, mais do que duvidosas, pudessem ser assimiladas pela opinião pública.
Como era um vigarista, apesar dos problemas mentais que possuía - exames feitos há 50 anos comprovaram que Chico Xavier era esquizofrênico - algo tinha que ser feito para impedir que fosse para a prisão, por charlatanismo, já que seus livros davam dinheiro às suas editoras e seu prestígio enchia centros espíritas de gente. Além de sua suposta paranormalidade atrair atenção da mídia.
Wantuil de Freitas, uma espécie de "Colonel Parker" de Chico Xavier, decidiu que o beato que só queria um lugar para rezar, seria líder da seita que administrava. Para aumentar a popularidade do beato, inventou-se que ele seria um filantropo insistente e incansável, já que todo mundo se comove com casos de benfeitores irredutíveis.
Foi uma propaganda que deu tão certo a ponto de convencer até mesmo ateus brasileiros, que vivem cobrando provas da existência de Deus, mas temem em exigir alguma coisa que comprovasse a "caridade intensa" de Chico Xavier. Uma caridade paliativa e precária que nunca trouxe resultados práticos. Uma caridade que pudesse tirar os sofredores de sua condição cruel.
Para piorar as coisas, em contradição com a fama de "maior caridoso do mundo", Chico Xavier era entusiasta e difusor da medieval Teologia do Sofrimento, aquela que diz que coisas ruins acontecendo na vida da pessoa serviriam de meio de aceleramento da evolução espiritual. Segundo o Catolicismo medieval seguido pelo beato até o fim da vida, a dor é o caminho que leva a Deus.
Como ser caridoso desejando sofrimento aos outros? Como ser caridoso se alegrando com mortes de jovens alegando que "o céu acaba de ganhar novos anjinhos"? Como ser caridoso pedindo para sofrer calado para que os prósperos não sejam incomodados? Como ser caridoso se limitando a dar sopas aguadas, roupas rasgadas, cadernos riscados e mensagens piegas assinadas com o nome de mortos?
Chico Xavier teve que confortar os aflitos para não afligir os confortáveis. Chico Xavier teve que forjar a sua "poderosa caridade" para se livrar das acusações de charlatanismo e manter a glória, o prestígio - e a grana - das instruções para quem servia.
Isso é fato porque toda vez que se critica Chico Xavier, lá vem algum defensor, de forma repetitiva, como um padrão argumentativo, alegando que o beato era "um homem muito bom que ajudava muita gente". Muita gente? Só se for os diretores de instituições "espíritas" que lucram muito com o prestígio do beato que só queria rezar.
Ninguém até agora comprovou a caridade "imensa e incansável" de Chico Xavier. Mas não interessa, pois religião não vive de provas. A caridade de Xavier é um dogma, assim como tantos outros delirantes do "Espiritismo" brasileiro, que nasceu na França, mas chegou deturpado ao Brasil.
Para muitos, não interessa se Chico Xavier ajudou de fato ou não. Isso não precisa ser provado, segundo seus admiradores. O que importa para eles é acreditar que ele ajudou. É confortável para muitos incautos acreditar que ele foi o maior filantropo do Brasil. É isso que o mantém tranquilo em seu pedestal de ouro em um lugar mais nobre do altar dos trouxas.
Pois ninguém como ele conseguiu enganar tanta gente. Inclusive os mais espertos.
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