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Chico Xavier, um mero personagem de dramaturgia?

(Autor: Professor Caviar) Falecido no último domingo, o ator e comediante Lúcio Mauro, a exemplo de Nelson Xavier no cinema, já interpretou o "médium" Francisco Cândido Xavier. Infelizmente, Lúcio e Nelson foram talentos formidáveis que, no entanto, se deixaram fazer, com gosto, esse serviço de interpretarem um deturpador do Espiritismo em enredos que mais parecem ficção de novela. E, no fundo, são. A interpretação de Lúcio Mauro foi no Caso Especial da Rede Globo - da mesma empresa da Globo Filmes, que bancou Chico Xavier - O Filme  - , intitulado Um Infinito Amor , produzida e transmitida em 1983. Vendo esse título (que lembra mais título de novela das nove), ficamos babando diante da sorte dos estadunidenses, que, pelo menos, têm na expressão "Infinito Amor" consagrada por uma canção romântica de Lionel Richie, "Endless Love", que ele mesmo cantou com Diana Ross. Evidentemente o enredo sempre passa pela imagem do "médium caridoso...

Esquerdas falham percepção com "funk" e "espiritismo"

(Autor: Professor Caviar) As forças progressistas, consideradas movimentos sociais de esquerda, cometeram um ato falho quando acolheram o "funk" e o "espiritismo", levados pela aparente apreciação da pobreza trazido por esses dois fenômenos, na verdade apoiados pela sociedade ultraconservadora que retomou o poder em 2016. Esse ato falho se deu nos casos de Nosso Lar e das favelas, nas quais as esquerdas caíram numa confusão grave de abordagem, se esquecendo das sutilezas dos discursos do ritmo popularesco e da religião igrejeira, que por trás do aparato "progressista" das suas retóricas, estavam escondendo, na verdade, uma abordagem extremamente conservadora. No caso do "funk", as esquerdas se esqueceram que a espetacularização da pobreza, da ignorância, do mau gosto e de outras situações problemáticas como a prostituição, a residência em barracos mal construídos, o alcoolismo e o subemprego não eram expostos como denúncia, porque o...

Como falso cristo, partidários de Chico Xavier querem sempre livrá-lo de culpa

(Autor: Professor Caviar) A ideia dos "médiuns que erram" tornou-se um modismo incômodo e um discurso muito chato, que tem muito mais a ver com a permissividade do erro do que com o realismo de admitir imperfeições. Dessa maneira, o mito de Francisco Cândido Xavier, mais blindado do que político do PSDB (o chamado "tucano"), é sempre livrado de responsabilidade, e, como um falso cristo, se apoia numa mania de vitimismo, de forma a fugir de certas responsabilidades e forçar a comoção humana, garantindo assim o seu prestígio intato, fossem os escândalos e erros em que o "médium" se envolveu. Sabemos que um falso cristo é aquele que se supõe "milagreiro", "messiânico" ou "sábio", inserindo dogmas mistificadores para impressionar e dominar as massas. Há muitos falsos cristos e Chico Xavier é o pior deles, pelo verniz de "simplicidade" e "honestidade" que cerca esse perigoso deturpador dos ensinam...

Juventude segundo a Teologia do Sofrimento "espírita"

(Autor: Professor Caviar) A vida, segundo o "espiritismo" brasileiro, guiado por um etnocentrismo dos mais velhos, é terrível. A juventude é um período de sacrifícios, limitado tão somente à instrução e formação profissional, mas também pela servidão e pelas limitações trazidas pela rotina de muito esforço e pouco prazer. A velhice, única fase de descanso e lazer, é marcada por intensas limitações físicas. Extremamente conservador, o "espiritismo" criminaliza o prazer humano, sempre visto como fonte de maldades e tentações, e não como um instrumento possível para aperfeiçoar as atividades e até o serviço humano. O ser humano tem que fazer e encarar aquilo que não gosta e não sabe, e tem na encarnação uma gincana pesada em doses militarescas, na qual terá que suportar o maior número de dificuldades, infortúnios e obstáculos para sobreviver, em busca de recompensas na "vida futura". Compra-se o prêmio futuro com o estelionato moral da desgraça. ...

Quando o Espiritismo consente com a violência

(Autor: Professor Caviar) Oficialmente, o "espiritismo" brasileiro condena radicalmente a violência. Francisco Cândido Xavier, que os devotos conhecem como Chico Xavier, é o que aparentemente mais reprova atos violentos. No entanto, a teia de contradições na qual se atola a doutrina igrejeira brasileira, nada fizeram de concreto diante das convulsões sociais e, em muitos casos, consente com a tragédia e o infortúnio humanos. O "espiritismo" brasileiro é, ao mesmo tempo, causa e efeito da mediocridade arrivista, ignorante e astuciosa do Brasil. É uma religião que traduz a confusão mental e a pressa em se ascender na vida do brasileiro médio, ao mesmo tempo desonesto e ambicioso, tendencioso e dissimulador, retrógrado com pretensões de modernidade etc. Além disso, o "espiritismo" brasileiro trai Allan Kardec o tempo inteiro, 24 horas por dia, sete dias por semana, e ainda beija o Codificador. Quantos Judas estiveram ou estão escondidos na "sea...

O Bolsonarismo segundo Chico Xavier

(Autor: Senhor dos Anéis, por e-mail) Devemos ter a humildade para aceitar, de forma realista, que muitos daqueles que julgamos serem ídolos ou heróis podem representar qualidades não muito positivas para nosso imaginário. Usar o pensamento desejoso pode soar agradável, inventando nosso ídolo conforme dita a nossa imaginação, mas isso não resolve o problema das decepções, que, neste caso, podem vir ainda piores. Mesmo um "médium espírita", considerado um ídolo religioso para muitos, não pode ser submetido aos devaneios humanos. O caso de Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, é preocupante que ele seja apreciado ao rol das fantasias, sob a desculpa atraente mas equivocada da "voz do coração".  Essa desculpa permite que Chico Xavier seja adorado através de fantasias que tentam desesperadamente se impor à realidade, de forma que a informação realista a respeito do "médium", sendo desagradável a seus seguidores, é encarada com r...

"Espiritismo" brasileiro faz pessoas mais velhas ficarem ansiosas e egoístas

(Autor: Professor Caviar) O "espiritismo" brasileiro é uma medonha aberração religiosa que fugiu dos ensinamentos de Allan Kardec e investiu num igrejismo viciado que demonstra um moralismo bastante retrógrado e um consentimento com o sofrimento da pessoa, sob a desculpa de que, no mundo espiritual - que existe, mas ainda é um enigma sobre a maneira como ele realmente seria - , "tudo será melhor". Só que essa visão um tanto distorcida da "vida futura" só cria problemas. Faz com que as pessoas que seguem esse "espiritismo" tão igrejeiro se tornem ansiosas e egoístas. O moralismo de Francisco Cândido Xavier torna-se traiçoeiro e até atrai mau agouro, pela promessa de um "mundo maior" feito sob os devaneios grotescos da perspectiva terrena. Diante disso, o "espiritismo" se torna insensível diante do gravíssimo problema de pessoas com personalidade diferenciada morrerem cedo. Elas têm o curso de vida interrompido ...