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O neo-medievalismo de Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) É preciso muita atenção e cautela diante de certas coisas. No Brasil há o vício dos aparentes adeptos do Espiritismo, autênticos ou não, de dar alguma consideração ao deturpador Francisco Cândido Xavier, a ponto de haver quem achasse possível recuperar as bases doutrinárias originais mantendo o "médium" no pedestal, nem que seja por puro enfeite. Deturpador, arrivista e pastichador de livros, Chico Xavier não era para ter um décimo da idolatria que recebe, que garante, agora postumamente, a maior blindagem que alguém que cometeu fraudes ou outras irregularidades pode receber. Ele usurpou o nome de Humberto de Campos, brincando e se autopromovendo com seu prestígio, e ainda arrancou o apoio dos familiares do autor maranhense. Como é fácil ser impune usando a religião e o aparato de bondade! A obra de Chico Xavier é cheia de contradições graves. Em muitos casos, é facílimo identificar trechos que entram em sério conflito com os ensinam...

Para que serve o coração?

(Autor: Ângelo Tavares, via e-mail) Ai que bonitinho! No mesmo dia em que os países de língua inglesa comemoram o Dia dos Namorados, viemos com um belo título que faz com que muitos "espíritas" de meia pataca derramem suas lágrimas carregadas de diabética pieguice. Mas alto lá! Vamos na verdade falar não do coração metafórico das religiões e sim do órgão que nos mantém vivos. Amigos, eu lhes apresento o coração, o órgão! Esqueçam aquela falácia que diz que "o coração pensa melhor que o cérebro" e outras bobagens do gênero. O coração não pensa. Não sabia? Pois é. O coração não foi feito para raciocinar. Se você pensa com o coração, meu amigo, acho que a parada cerebral vai te trazer uns sérios danos ao funcionamento de seu corpo e também de seu espírito. O coração é na verdade um músculo que funciona como uma bomba. Não aquela bomba que estoura e cujas explosões são muito vistas em guerras ou em filmes de ação. Bomba no mesmo sentido da bomba de água...

Ainda sobre a criminalização da razão por Chico Xavier

(Autor: Professor Caviar) O conto "Diálogo e Estudo" do livro Estantes da Vida , atribuído a Humberto de Campos, não bastasse a hipocrisia do titulo, que sugere alguma coisa mais intelectualizada mas que vai contra o intelectualismo, nota-se que esta obra trazida por Francisco Cândido Xavier entra em séria colisão com os postulados originais tão trabalhosamente desenvolvidos por Allan Kardec, com o agravante de que o referido livro chiquista foi lançado em 1969, ocasião do centenário de falecimento do pedagogo francês. Sabe-se que os postulados originais kardecianos sempre primavam pelo conhecimento científico, pela análise questionadora e investigativa, pelo raciocínio apurador e pela argumentação precisa e não raro contestadora de supostas certezas que perdem o sentido quando confrontados com a lógica e o bom senso. O "espiritismo" brasileiro apenas finge adorar o rigor investigativo de Kardec. Finge, faz-de-conta, apenas para dar a falsa impressão ...

Chico Xavier usa Humberto de Campos para criminalizar a razão

(Autor: Professor Caviar) Extremamente tendencioso o conto "Diálogo e Estudo", cujo título ainda revela uma grande hipocrisia. Não bastasse o livro que inclui este conto, Estantes da Vida , de 1969, ser mais um que Francisco Cândido Xavier publicava usando o nome de Humberto de Campos (mal disfarçado pelo codinome Irmão X), ele coloca na conta do autor maranhense algumas posturas bastante delicadas, como a patriotada do livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho , que poderia até ter tido um volume dois, nos tempos de Estantes da Vida , para acompanhar o ufanismo da ditadura militar tanto adorada pelo "médium" mineiro. Reproduzimos este conto, que soa uma imitação grosseira do estilo de Humberto, já que Chico Xavier, atendendo o gosto do freguês, tentou ao longo do tempo, com a ajuda de editores da FEB e consultores literários, criar um "Humberto de Campos" mais verossímil, para verificar o descaramento que o deturpador brasileiro da Do...

Precisamos refletir sobre a tal da "caridade paliativa"

(Autor: Professor Caviar) A ideia de bondade se mantém num sentido bastante equivocado, restrito a formalidades e estruturas institucionais. Em outras palavras, a ideia do "amor ao próximo" deixa de ser uma qualidade autônoma para ser vinculada à religiosidade - um sentimento tido como "positivo" e "saudável", mas se manifesta por fantasias surreais e moralismo conservador - e serve de propaganda para a vaidade de ídolos religiosos, que se acham "melhores" do que outrem. A "caridade paliativa", ou "assistencialismo", é um fenômeno preocupante, porque reduz a bondade a uma atividade em que o "benfeitor" se sobressai àquele que é ajudado. Isso sem falar que os resultados dessa "caridade" são inexpressivos e medíocres, Poucos são ajudados, e mesmo assim de maneira superficial, e a qualidade da ajuda é, na melhor das hipóteses, mediana. Essa ideia de "bondade" que comove plateias só ser...

Mais leitor pedindo livro de Attila Paes Barreto

(Por Rafael Mendes, via e-mail) Como é que se deixa que um trabalho investigativo como O Enigma Chico Xavier Posto à Clara Luz do Dia  de Attila Paes Barreto caia no esquecimento? Alguém não tem uma cópia para ao menos ser digitalizada e disponível para o público na Internet? Cadê o pessoal do blog Obras Psicografadas , para escanear um livro desses em arquivo PDF? Independente de gostar ou não de Chico Xavier, tem que publicar um livro desses pelo livre direito à informação. Também quero reclamar por que não há uma biografia isenta do dr. Bezerra de Menezes, o "médico espírita" cuja vida só é narrada como se ele tivesse sido o Papai Noel brasileiro. Não há um documento sério, isento, imparcial, que também mostrasse os defeitos de Bezerra que, na avaliação de alguns críticos da deturpação espírita, foi um político fisiológico, temperamental e demagogo. Temos que publicar ou disponibilizar documentos sobre o "espiritismo" brasileiro que saíssem des...

Bondade, a Escrava da Fé

(Autor: Petrônio Vieira) Num mundo governado pelo Ódio, no qual a Fé é a primeira-ministra, a Bondade é, desta, sua escrava. Enquanto a Fé tem com colaboradora a Pós-Verdade, instituição resultante da fusão da Mentira, da Mitificação, da Persuasão e da Desculpa, fazendo com que a Lógica e o Bom Senso sejam reprimidos e façam o trabalho forçado de só atuarem para legitimar atitudes, abordagens ou pontos-de-vista retrógrados ou injustos, a Bondade é isolada no cativeiro da Religião. O Ódio passeia pelos vários cantos do "mundo virtual", e a Fé, sustentáculo da Religião, embora reprovasse o Ódio, acaba se compactuando com ele, pois a Pós-Verdade, a mega-instituição que combina mentiras e persuasões conectadas com a mania de argumentar o ilógico e o injusto. A Fé busca então apelar a um novo colaborador, o Apelo à Emoção, conhecido pelo nome de Ad Passiones. O Ad Passiones embeleza medidas retrógradas, injustas ou paliativas - quando tenta trazer benefícios, mas el...